segunda-feira, 13 de junho de 2011

Sinais que Mostram que uma Pessoa não Tem Autoridade Espiritual

Assim como há sinais que mostram que uma pessoa é uma autoridade, também há sinais que indicam que uma pessoa não é uma autoridade. Entre esses há:
Declarar Sua Própria Autoridade
Sempre que alguém reivindica sua própria autoridade, isso é um sinal de falta de genuína autoridade.
3Jo 9 — Escrevi alguma coisa à igreja; mas Diótrefes, que gosta de exercer a primazia entre eles, não nos dá acolhida.
Uma autoridade delegada não tenta sustentar sua própria autoridade. Se você pensa que pode exigir obediência, que sua posição, dom ou poder justifica tal exigência, você não está qualificado para ser uma autoridade. Se sua disposição é tal que você quer que os outros lhe obedeçam, você não está qualificado para ser uma autoridade; não é o tipo de pessoa que pode receber submissão da parte dos outros. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 59, p. 203).
O irmão Nee era muito categórico no sentido que ninguém deveria reivindicar sua própria autoridade.
A coisa mais feia é alguém defender sua autoridade a fim de estabelecê-la para si mesmo. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 220).
Detesto e abomino aqueles que dizem: "Eu sou a autoridade designada por Deus." (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 221).
Espero que ninguém se levante para reivindicar que é autoridade. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 230).
Nada é mais repugnante que uma pessoa que luta para ser uma autoridade. É a coisa mais feia alguém tentar controlar os outros de uma forma exterior. Ambição por autoridade ou para ser alguém notável é algo que pertence aos gentios. Devemos expulsar esse tipo de espírito para fora da igreja. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 283).
O irmão Lee falou a mesma coisa acerca dos presbíteros exercerem autoridade na igreja.
Se os presbíteros na igreja tiverem a atitude que são os presbíteros, que têm autoridade e que estão aqui para exercê-la, isso será uma das coisas mais feias que existem! (The Elders' Management of the Church, p. 83).
Todos que exercem autoridade para reivindicar que é um presbítero, que ele tem autoridade para lidar com tais e tais questões, e que vai exercê-la, estão usando-a da forma errada! (The Elders' Management of the Church, p. 83).
Em algumas igrejas locais, tenho visto irmãos que agem como presbíteros ostentando uma fachada. Eles dizem: "Oh, sou um presbítero!" Assumem a faixa de presbítero e falam num tom como se fosse um. Tenho de dizer-lhes que nada há mais feio na igreja que ver tal coisa. (The Elders' Management of the Church, p. 88).
Nunca funciona um presbítero tentar assumir autoridade na igreja pela força. Isso não só não é agradável aos olhos dos homens, mas também não terá confirmação da parte do Espírito Santo. Você pode assumir sua autoridade, mas o Espírito Santo não vai estar lá. (The Elders' Management of the Church, p. 89)
Praticar o Auto-Reconhecimento
Sempre que uma pessoa vindica a si mesma, ela demonstra que não é uma autoridade. 3
Nunca devemos proferir uma palavra sequer para vindicar nossa própria autoridade; antes, devemos dar aos outros plena liberdade. Os outros devem chegar até nós de uma forma tão espontânea como possível. Se eles não querem que sejamos sua autoridade, ou se esquivam de nós, não temos de forçá-los a nos aceitar. Se houver autoridade em nós, quem quer que deseje o Senhor vai de bom grado se aproximar de nós. A coisa mais feia é alguém defender sua autoridade a fim de estabelecê-la para si mesmo. Ninguém pode estabelecer sua própria autoridade. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 220).
Quando Moisés foi injuriado, ele não vindicou a si mesmo. Toda vindicação, justificação e reação deve provir de Deus, não do homem. Aqueles que buscam vindicar a si mesmos, não conhecem Deus. Ninguém que tenha andado na terra teve mais autoridade que Cristo, mas quando o Senhor estava na terra, Ele jamais vindicou a Si mesmo. Ele é a única pessoa que nunca vindicou a Si mesmo. Autoridade e vindicação são incompatíveis. (...) Aqueles que vindicam a si mesmos não têm autoridade alguma. Toda vez que uma pessoa vindica a si própria, perde sua autoridade. (The Collected Works of Watchman Nee, vol. 47, p. 225


FONTE: www.afaithfulword.com/portuguese

quinta-feira, 9 de junho de 2011

O PERIGO DA ORGANIZAÇÃO

No Novo Testamento, quase nada na igreja era organizado. Ali temos pouquíssimos exemplos de "planejamento". De fato, é impressionante como eles tinham pouca organização. Todavia, este autor não está insistindo que é antibíblico organizar alguma coisa.
Verdadeiramente, é impossível viver sem qualquer forma de planejamento. Por exemplo, se telefono para um amigo e o convido para jantar, organizei algo antes. Se concordo em me encontrar com alguém em um tempo e um lugar determinado, nosso encontro foi organizado anteriormente, de alguma forma.
À medida que vivemos, sempre necessitaremos ter alguma forma de organização.

O perigo da organização é este: uma vez que é colocada em movimento, pode facilmente permanecer em movimento. Pode adquirir uma vida própria. Uma vez que os elementos essenci­ais de qualquer obra ou esforço são estabelecidos, torna-se fácil as coisas seguirem em frente desta forma. A Companhia FORD é um bom exemplo disto. Henry Ford está morto. Ele morreu há bastante tempo. Entretanto, a companhia que ele organizou, continua existindo até hoje.

Muitas obras para o Senhor também estão nesta categoria. Podemos admitir, como argumento, que uma ou outra obra foi iniciada por Jesus. Talvez Ele tenha levado algum filho Seu a tra­balhar para Ele, de algum modo específico. Mas, e hoje? Esta ainda é a Sua vontade? Ele ainda está no comando de tudo? Ou será que o Espírito Santo Se mudou e alguém ainda está tentan­do fazer funcionar o que agora é realmente uma forma vazia?

Parte do perigo é que as pessoas tendem a gostar de coisas bem organizadas. Querem coisas previsíveis. Sentem-se con­fortáveis com algo bem estruturado e bem dirigido. Elas têm pouca necessidade de buscar o Senhor sozinhas. Sua carne pode relaxar e acreditar que tudo está sendo cuidado. Coisas fami­liares fazem pessoas sentirem-se bem e seguras, e muitas real­mente gostam desse sentimento.

Quando as coisas são organizadas, os crentes não têm que estar em um constante e vivo contato com Jesus. Não precisam: se exercitar para procurá-Lo a cada momento; estar prontos para obedecer; ministrar ou fazer algo para Ele. Com uma organiza­ção, não necessitam estar preparados para mudar suas ativi­dades, seus empregos ou mesmo o lugar onde vivem. Podem simplesmente se sentar e deixar a organização dirigir seus encontros e suas vidas.

Mas, nossa vida com o Senhor é nova a cada manhã (Rm 6:4). Enquanto Ele estava na Terra, estava constantemente fazen­do algo diferente. Sua vida estava bem distante da rotina. A cada dia, os discípulos eram surpreendidos pelo que Ele fazia, pelos lugares onde Ele ia e pelo que Ele dizia. Portanto, podemos estar certos de que a Sua liderança na Igreja e em nossas vidas indi­vidualmente será desse jeito também. Precisamos ter a flexibili­dade para nos mover e mudar o rumo com Ele a qualquer momento.

A experiência dos filhos de Israel no deserto é um excelente exemplo disso. Eles seguiam o Deus vivo que Se manifestava na coluna de fogo e na nuvem. Quando Ele Se movia, eles tinham que estar prontos para se moverem também. A nuvem ou a co­luna de fogo podia se mover a qualquer momento do dia ou da noite. Eles tinham que estar sempre prontos (Êx 13:21,22 e Êx 40:36,37).

Talvez eles ficassem num lugar por uma hora, uma semana, meses ou mesmo um ano. Mas, a qualquer momento, Deus podia Se mover e eles tinham que estar prontos para embrulhar tudo em um instante e partir.

Até mesmo o Tabernáculo, que Deus instruiu Moisés a cons­truir, foi feito com essa intenção. Ele era portátil. Era facilmente desmontável e pronto para se mover. A prontidão para aban­donar nossas práticas e comportamentos estabelecidos, horários e lugares de encontros e todos os hábitos religiosos arraigados deve também ser a nossa atitude.

Desta forma, a chave para qualquer organização, de qual­quer encontro, ministério ou obra para Deus, é sermos conduzi­dos pelo Espírito Santo. É a Sua direção que precisa iniciar qual­quer coisa. É Ele quem precisa estar nos liderando em tudo o que fazemos. Além disso, precisamos ser intensamente sensíveis a Ele para desmantelar qualquer coisa organizada previamente sem a Sua direção. Precisamos estar constantemente sintoniza­dos com Ele para frear tudo que foi colocado em movimento sem a Sua liderança.

É essencial que preservemos Sua soberania sobre todas as coisas, especialmente sobre algo que tenha a tendência a se tornar organizado e, portanto, rotineiro e previsível. De outro modo, logo seremos deixados com uma forma vazia. Teremos apenas algo que Deus usou e abençoou em algum momento no passado, mas hoje é um simples modelo ou fórmula sem o con­teúdo divino.

Um dos poucos exemplos do Novo Testamento de algo sendo organizado foi a escolha dos diáconos em Jerusalém (At 6:1-7). Ali surgiu um problema. Algumas viúvas estavam sendo negligenciadas quando a comida era distribuída. Evidente­mente, isso era feito de uma maneira esporádica e acidental, e algumas viúvas "helenistas" não estavam sendo atendidas. Então, elegeram-se alguns homens para tomar conta desse tra­balho.

Mas, por favor, preste atenção ao tipo de homem que eles escolheram. Qualquer um pode distribuir comida. Até mesmo um ímpio poderia tomar conta de um trabalho assim e tudo cor­rer muito bem. Entretanto, eles foram cuidadosos em selecionar homens com uma certa virtude: eram especialmente "cheios do Espírito Santo" (vs. 3). Os apóstolos e os outros estavam preocu­pados com que este trabalho fosse algo dirigido por Deus. Não era suficiente simplesmente suprir necessidades. Eles queriam estar certos de que o que estava sendo feito era iniciado, con­duzido e, se necessário, terminado pelo Senhor. Então, sele­cionaram homens que sabiam como segui-Lo.

Livro: Deixe o Meu Povo Ir
Autor: David W.  Dyer
Ministério Grão de Trigo: http://www.graodetrico.com/