terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Dogmatismo

Giordano Bruno, condenado à fogueira pela inquisição católica em 1600, refutava a crença em verdades absolutas. São dele essas palavras:
"Nunca deve valer como argumento a autoridade de qualquer homem, por excelente e ilustre que seja...
É sumamente injusto submeter o próprio sentimento a uma reverência submetida a outros;
É digno de mercenários ou escravos e contrário à dignidade humana sujeitar-se e submeter-se;
É suma estupidez crer por costume inveterado;
É cousa irracional conformar-se com uma opinião devido ao número dos que a têm...
É necessário procurar sempre, uma razão verdadeira e necessária..."
No processo de institucionalização do cristianismo, os chefes cristãos, ainda nos primeiros séculos, logo após a morte dos apóstolos, viram-se diante da necessidade de estabelecer os limites entre aquilo que eles achavam ser "certo" e aquilo que eles consideravam ser "errado" para a doutrina cristã. O processo de institucionalização da igreja exigia o estabelecimento de limites entre a "verdade" e o "erro". Só assim seria possível determinar quem era e quem não era cristão.
Na verdade, em qualquer sistema pautado pelo poder de uns sobre os outros, é fundamental que se disponha de recursos que facilitem a distinção, a caracterização e a classificação. Em quase todos os sistemas onde há hierarquia, prima-se pelos uniformes e pelos distintivos de classes. Quanto mais claros e objetivos forem os distintivos, mais fácil perceber a quem se domina. Mais fácil perceber quem se encaixa, ou não, nos moldes e nos estereótipos estabelecidos.
Com o cristianismo institucionalizado não foi diferente. Para ele prosperar, tornou-se necessário estabelecer as classes de poder, formar as estruturas de mando e comando e, principalmente, expurgar as idéias consideradas "falsas", as chamadas "heresias".
Os líderes institucionais, reunidos em concílios, formaram a ortodoxia cristã, ou seja, as doutrinas que julgavam ser essenciais para o homem se chegar a Deus. Definiram as "regras de fé", os credos, as formas de adoração, os lugares de adoração e os títulos eclesiásticos. Estabeleceram aquilo que convencionaram ser a "verdade cristã". Um conjunto de interpretações teológicas e morais, pelas quais cada cristão deveria formar o seu pensamento, a sua fé e a sua conduta.
Essa "verdade" passou a ser imposta com muito autoritarismo para se inibir qualquer pensamento divergente.
Surgiram, assim, as leis da instituição religiosa, as leis da igreja, a profissão de fé, que, pouco a pouco, passou a ser assimilada e disseminada pelos cristãos como a "lei de Deus".
Para fazer parte da igreja, e o discurso dizia que só havia salvação dentro da igreja institucionalizada, o novo crente deveria confessar que estava "de acordo" com as regras e com as leis estabelecidas. Só depois dessa confissão pública é que o indivíduo poderia receber o batismo e os sacramentos cristãos. Desta forma, o comportamento individual, social e familiar; as doutrinas, os dogmas, as crendices e a forma de governo da instituição passaram a ser impostos a toda pessoa que pretendesse ser cristã, como se esse conjunto de regras fosse algo imprescindível para o indivíduo se salvar.
Vê-se aqui que a igreja institucionalizada, muito cedo, usurpou o direito de consciência de cada cristão, e passou a manipular o pensamento, o entendimento e o comportamento de quem pretendesse se achegar a Cristo. Assim, o céu, Cristo, Deus, só eram acessíveis àqueles indivíduos que seguissem as formalidades havidas como "certas". Do lado de fora do sistema dizia-se que estava o erro, a mentira, a heresia. E até hoje, quem é diferente, quem está do lado de fora do sistema é discriminado, marginalizado e tachado de ímpio, rebelde, ou perdido.
Inicialmente, o catolicismo formulou o "Credo" e depois o "catecismo" como conjunto de regras fundamentais e imprescindíveis para alguém se salvar. E, posteriormente, as igrejas protestantes, seguindo os mesmos critérios, estabeleceram as "doutrinas", as confissões e as regras de fé de cada segmento.
Até que após a Reforma Protestante apareceram muitas instituições divergentes das tradições católicas, no entanto a maioria dessas instituições conservou o mesmo dogmatismo religioso que caracteriza toda religião formal e institucionalizada. Todas elas alardeiam que possuem a "verdade", a interpretação certa e infalível das Escrituras. Proclamam que a verdadeira interpretação da Palavra, e por extensão, a "doutrina" que salva, está em seu poder, como se o processo de salvação estivesse condicionado à observância rigorosa de uma regra "correta" e infalível.
Rubem Alves afirma que "a tradição protestante é de protesto, de resistência a todas as formas de autoritarismo e dogmatismo (...) O catolicismo definiu a sua integridade como Igreja em torno do conceito de unidade. O protestantismo, ao contrário, ignora o problema da unidade e se organiza em torno da questão da verdade. (...) Ao privilegiar a questão da verdade, (o protestantismo) foi obrigado a estabelecer padrões relativamente rígidos daquilo que era tido como a doutrina verdadeira. Com isto se criou um espaço institucional ideologicamente homogêneo, mas destituído de opções, no qual os desvios teológicos não podem ser tolerados. A proliferação de seitas protestantes, frequentemente citada como evidência da liberdade de consciência do fiel protestante, é na verdade um sintoma de que o espaço institucional é de tal maneira rígido de molde a não permitir a existência de um pensamento desviante dentro dos seus limites."[1] E conclui que a obsessão pela verdade e o dogmatismo intolerante que ele traz consigo obrigou o protestantismo a fabricar mecanismos institucionais cuja função é vigiar, punir e eliminar.
Entre os crentes, se alguém aceita as doutrinas da instituição, tem-se o sinal característico da conversão. É sinal de que o indivíduo deixou de ser um "perdido" e se tornou um salvo. O novo crente só é admitido na comunidade se professar publicamente que está de acordo com a "verdade", ali proclamada.
Desta forma, ao se ligar a uma igreja, o indivíduo é "castrado" de sua liberdade de ler e interpretar o texto bíblico. Ao se submeter às regras já estabelecidas, ele é obrigado a abdicar da sua independência para fazer a sua própria leitura, de mundo e das Sagradas Escrituras. Tudo agora tem de ser interpretado de acordo com os paradigmas pré-estabelecidos pela denominação.
O discurso da igreja é imperativo. É ele que passa a direcionar o indivíduo em como pensar, o que pensar, o que falar, como interpretar, como adorar, o modo "certo" de se apresentar perante Deus e o lugar "certo" para se adorar a Deus.
Qualquer comportamento ou interpretação divergente daquilo que é instituído pela cúpula da organização é visto como "erro", mentira, heresia e pecado, e o crente "rebelde" passa a ser visto com reservas, passa a ser discriminado, rejeitado e pressionado, até ser expulso. "Ora, se assim é, qualquer instituição que tenha mecanismos para identificar e eliminar o desvio está comprometida com a eliminação do livre exame e, portanto, da liberdade."[2]
Fica evidente que os crentes não possuem essa tão proclamada liberdade que se prega nos púlpitos evangélicos para interpretar o texto bíblico. Eles não podem produzir novas idéias e novos raciocínios. Eles não podem ver as coisas por novos ângulos. A política institucional é rígida para impedir qualquer idéia nova. Desta forma, tornam-se apenas consumidores de uma "verdade" pré-estabelecida, formada, pronta, fechada e inquestionável.
Consequentemente, o indivíduo submetido a esse sistema está longe de ser um ser livre, mas é alguém que se rendeu, que se escravizou a uma interpretação imposta por outro indivíduo, "senhor da chibata", representante da instituição.
Para receber os sacramentos cristãos, cada crente se vê obrigado a confessar a "verdade" produzida por outro indivíduo, uma interpretação alheia, uma doutrina que, muitas vezes, não lhe convence o espírito, mas lhe é imposta pela autoridade de quem manda na igreja.
Desta forma, para se ser cristão, "para se salvar", o crente precisa comprar um "pacote" de doutrinas que outra mente idealizou e formalizou. Um pacote inteiro, já pronto, fechado, e que é brutalmente imposto, sob ameaça de maldição e excomunhão.
E assim, embora se proclame liberdade em cada púlpito cristão, essa liberdade é apenas retórica discursiva, porque na prática, o crente continua refém dos sistemas institucionalizados de formulação do pensamento. Continua refém de uma interpretação que a instituição diz ser imprescindível para se alcançar a tão almejada salvação.
A Reforma, pois, não se completou, apenas mudaram os que mandam e aqueles que se acham legítimos para elaborar as regras. Mudaram os nomes, os símbolos, os mitos, os dominadores. E os dominados continuam sob o jugo de outras "verdades".
Lutero "declarava que se existe um referencial sagrado para o comportamento, se existe um lugar da verdade para o pensamento, tais lugares não se confundem com os lugares do poder, não importa que o poder tenha sido legitimamente constituído. O sagrado e a verdade não habitam as instituições, mas invadem o nosso mundo através da consciência."[3] Isto quer dizer que é absolutamente incoerente qualquer instituição dogmática falar em liberdade nos seus círculos.
No entanto, deixar cada consciência extrair a verdade por si só é falar em pluralidade de interpretações. Isto seria a extinção do sistema eclesiástico hierarquizado. Por não suportar a pluralidade de interpretações, uma única consciência, revestida de uma autoridade mística, estabelece o que todos devem professar. E assim surge o dualismo que caracteriza o sistema: certo ou errado, salvo ou herege, verdade ou mentira.
Pouquíssimos cristãos percebem que aqui não se pode falar em "verdade", porque essa interpretação infalível decretada pela cúpula do poder, nada mais é do que a interpretação que os homens que comandam a organização fazem do texto bíblico. Rubem Alves explica que nas igrejas "existe certo grupo que detém o monopólio da interpretação da Palavra de Deus. Por meio de uma simples inversão, a "Palavra de Deus" pode ser transformada na "divindade da (minha) palavra" (...) substitua-se a divindade do substantivo próprio pela divindade do sujeito humano e teremos a verdade."[4] Ou seja, a interpretação daqueles que possuem esse monopólio e o discurso consoante com essa interpretação sobressai nas tribunas eclesiásticas, enquanto aquelas interpretações desviantes da "oficial" são agressivamente inibidas. Ou seja, não é a "verdade", como pensa o crente, que sobressai, mas sobressai a interpretação que interessa àqueles que detêm o poder institucional.
Salienta-se muito sobre os púlpitos cristãos que a salvação depende da obediência a essa "doutrina", pois a salvação está intimamente vinculada a "verdade" que a igreja proclama. Por isto, criou-se um grande receio entre os crentes de pensar diferente do que a organização prega. Isto seria uma "heresia". Ser considerado um herege, no passado cristão, era um grande passo para a tortura e para a morte por apedrejamento, pela forca ou na fogueira. E ainda hoje, entre os crentes, pensar diferente da doutrina da instituição, é tido como alta traição.
Para resguardar a doutrina de qualquer questionamento ou crítica, o discurso religioso instituiu uma arma poderosa: o medo. Ao cristão se diz que é perigoso pensar diferente. O inferno, castigo eterno, demônios, maldições, hereges, tudo isto é realçado sobremaneira, com a finalidade de inibir as idéias divergentes. Realça-se a ferocidade de um deus pronto a punir àqueles que não concordam com a "verdade" da instituição. Esses são os desobedientes. Os rebeldes. Os hereges. À fogueira.
Qualquer contestação aos rudimentos e às regras "cristalizadas do passado" é associada à rebelião de Satanás. Por isto o rebelde precisa ser excluído. Quem não aceita "a verdade" é considerado rebelde, como Satanás.
E assim, pelo medo, controla-se as mentes. Pelo medo, forma-se o fiel.
Intolerância. O fim daqueles que afirmam possuir a "verdade" é se tornarem intransigentes e intolerantes com o pensamento divergente. Perseguições e rupturas são inevitáveis. Esvai-se a voz profética. "A pretensão de posse da verdade torna impossível a sobrevivência do espírito profético. Porque o profeta é sempre um desviante, que denuncia a verdade socialmente aceita como falsidade e idolatria, e anuncia a sua verdade."[5] O ambiente institucionalizado não admite outra verdade. Por isto sobressai o discurso repetitivo e a justificação. Enaltece-se as tradições. Santifica-se o passado.É a afirmação e a reafirmação de dogmas estabelecidos pelos "ídolos" de um passado longínquo e remoto. Ao qual, até mesmo o espírito profético deve sujeitar-se.
Na verdade, o discurso daqueles que deveriam ser os profetas, os pregadores da Palavra, tomou um novo rumo. Não são sermões que evidenciam o sacrifício, o amor e a vontade do Senhor misericordioso e salvador para com o ser humano. Não são discursos proféticos, que denunciam os abusos e as injustiças. Antes, são sermões que tentam, a todo o custo, justificar, validar, santificar e divinizar a "doutrina", e denegrir quem pensa diferente. Procuram, por todos os meios, demonstrar que a organização religiosa e a sua doutrina são legítimas, essenciais, imprescindíveis e infalíveis. Não há profecias. Há repetição e justificação do discurso oficial. Esses pregadores, constantemente se utilizam de passagens bíblicas isoladas e, muitas vezes, de forma descontextualizada, para demonstrar que a instituição é imprescindível. Tentativa vergonhosa de manipular, e não ensinar. Se está escrito na Bíblia, normalmente é apresentado como "verdade" absoluta. No entanto, outros textos que não satisfazem os interesses da organização, são ignorados.
Esse hermetismo dogmático dentro das instituições religiosas cristãs está intimamente ligado a outro mito criado pela igreja: a infalibilidade dos chefes institucionais. Se a doutrina for reformulada, isto indica que os homens do passado, que formularam a doutrina, não foram tão inspirados. Erraram. Se os homens veneráveis do passado erraram, conseqüentemente os do presente também podem errar. Isto é impensável. Não se pode por em dúvida a capacidade dos chefes institucionais de receber a "verdade" diretamente de Deus.
Reformas são impensáveis onde se diz ter alcançado a perfeição.
Por isto a doutrina precisa ser inquestionável e inflexível.
O passado e as tradições são divinizados e idolatrados.
Os homens do passado são venerados.
Em nome do passado, a organização fecha-se e não se discute as velhas "verdades". A "doutrina" e os dogmas têm que ser preservados, mesmo sabendo que nova realidade já se estabeleceu.
Desta forma, submissão, resignação, disciplina e sujeição, que analisaremos no próximo capítulo, são os temas mais salientados em todas as instâncias da instituição. Quanto mais se resignar, não pensar, não duvidar, melhor. Quanto mais crédulo e subserviente, melhor para a manutenção e sustentação do domínio de uns sobre os outros. "E vamos caminhando, inutilmente, reconhecendo as pedras, identificando a voz da autoridade, ouvindo o barulho típico da tesoura de podar que corta um broto novo... O futuro deve ser uma continuação do passado. As mesmas idéias. A verdade já foi cristalizada em séculos idos. Proibidos de explorar o novo, de pensar o insólito..."[6]
Autoritarismo. O dogmatismo tem de ser autoritário. É de sua essência não tolerar o pensamento divergente e tentar inibi-lo com aspereza, brutalidade e violência. Esse comportamento agressivo e intransigente é o escudo com que os chefes cristãos tentam proteger o dogmatismo eclesiástico de qualquer idéia que possa ameaçar a "doutrina".
Muitas igrejas proíbem o estudo e o pensamento crítico, impõem regras de comportamento, regras de se vestir, de ver, ouvir, falar. Cultuam os costumes dos antepassados e resistem ao progresso e ao avanço tecnológico. Tudo o que é moderno, que não se encaixa nas concepções herdadas da tradição, é visto como "pecado", ou "obra do demônio". Algumas até promovem e incentivam a segregação social de seus membros como forma grotesca de engessar a "verdade", tentando protegê-la de eventuais questionamentos.
Seus críticos são tachados de endemoninhados.
No entanto, esse comportamento autoritário, longe de "proteger a verdade", demonstra que existem falhas de raciocínio e lacunas na formulação da doutrina. Falhas que devem ser escondidas. E a melhor forma para inibir a descoberta dos pontos falhos é a imposição inflexível, o incentivo a uma credulidade supersticiosa e o autoritarismo religioso.
O espírito autoritário é sempre inseguro e medroso. Ele se impõe, agride, e ameaça por causa do medo de ser destituído. Medroso de ser abatido, ele abate. Medroso de ser ferido, ele mata.
As instituições cristãs são frágeis, incoerentes, desnecessárias, e por isto elas têm muito medo de que essa fragilidade transpareça. Os seus chefes têm medo de que os crentes percebam que eles não são tão imprescindíveis como se apresentam. Têm medo de perder o poder. E o medo se manifesta de forma sutil. Ele se mostra na arrogância, na agressividade, semelhantemente ao felino que quando se vê ameaçado iça o pêlo para se parecer mais temível. Rosna. Ameaça.
Salvação. Salvação pela graça. Salvação pela fé. Independente da doutrina. Talvez o maior prejuízo para o Evangelho, quando a igreja institui uma "verdade" inquestionável e apregoa um dogmatismo inviolável, é fazer os cristãos acreditarem que a salvação é um prêmio para aqueles que professam a doutrina. A salvação fica condicionada à obediência às regras estatuídas e ao professar das "verdades" cristalizadas. Assim, esvazia-se a figura do Cristo Salvador, desvirtua o seu sacrifício e inutiliza a sua Graça, pois que cada um procura ser salvo pela obediência a uma doutrina, pelos seus próprios méritos, pelas suas próprias virtudes, pelo merecimento individual. A salvação deixa de ser a conseqüência de uma relação de amor entre Deus Pai e o homem, para se tornar o produto de uma doutrina, de que a instituição se julga guardiã. A salvação deixa de ser um ato da graça do Senhor, para ser contabilizada como crédito na conta daquele que obedece e pensa como a instituição. "Agi de acordo, mereço". "Fiz, tenho recompensa". "Penso como a igreja, sou salvo". Abole-se, por conseguinte, a relação Pai/filho declarada por Cristo na parábola do Filho Pródigo e restabelece a relação Senhor/servo do farisaísmo. Despreza-se a Graça Salvadora do Senhor, para se estabelecer as doutrinas e as leis como critérios para a salvação.
Assim, proclamamos ser cristãos e comportamo-nos como fariseus.





COMERCIALIZAR AS COISAS DE DEUS NÃO É UM BOM NEGÓCIO

Se você quer fazer comércio com as coisas dos homens, isso é seu negócio, e você pode fazer isso, para fazer dinheiro e então você sobrevive com esse dinheiro e você oferta o que você tem, mas não faça comércio na Casa de Deus, com as coisas de Deus. Que tipo de coisa Lúcifer usou para comercializar? Essa é uma boa pergunta, que tipo de material Lúcifer usou para comercializar? Eu penso que ele usou as pedras! Oh! As pedras da Casa de Deus tornaram-se muito boas para comercializar, mas ele não podia fazer isso, ele era o Querubim da guarda, e sua incumbência era guardar o Jardim. - (versículo 16c) - “pelo que te lançarei profanado, fora do Monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras” - O Senhor fala das pedras. Hoje nós temos lindas pedras na Casa de Deus. Que tipo de pedras nós temos na Casa de Deus hoje, eu pergunto a você? É a revelação da palavra de Deus. Essa palavra de Deus quando é revelada torna-se pura, são pedras preciosas. Mas essas pedras preciosas não são para comércio, por que isto pertence a Deus.

O que está escondido pertence a Deus, mas o que está revelado pertence a nós, e aos nossos filhos para sempre, isso significa que a revelação de Deus não é para “negócios”, por que pertence a nós!

Eu não posso vender algo que pertence ao irmão Charles (da Zâmbia). Se Deus me deu a revelação de sua palavra, esta revelação não é vinda de mim, mas uma revelação de Deus. Se essa revelação pertence a Deus, ela pertence também aos seus filhos, eu não posso vender ao irmão Charles algo que pertence a ele. Se esse botão na minha mão pertence ao Charles, como eu posso vender para ele? - “Charles, eu quero vender para você este botão!” — o irmão Charles diria: - “Mas esse botão é meu! Como você quer vender para mim algo que me pertence?” — Na verdade, botões eu posso vender ao Charles, mas eu não posso vender a palavra de Deus para ele. Eu posso vender o papel, o trabalho, mas não posso vender a revelação, por que a revelação pertence a o nós.

Versículo 17: - “Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria,” - por causa da sua beleza, da revelação, quando nós temos revelação da palavra de Deus, nos eleva o coração. Às vezes quando compartilhamos na reunião, nosso compartilhar é nossa revelação, e quanto mais maravilhosa é nossa revelação mais nosso coração se eleva. Se a cada reunião nós tivermos uma revelação nosso coração ficará cheio, se elevará muito, e eu suponha que essas coisas pertencem a nós, pois essas coisas pertencem a Deus. - “corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor, lancei-te por terra, diante dos reis te pus para que te contemplem. Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contempla.”

Essa questão de profanar pode ser vista em Ezequiel 22. O livro de Ezequiel é um livro de julgamento dos quatro elementos, o primeiro elemento é o fogo, o segundo é o vento, o terceiro é a água, e o quarto é a terra. Esses quatro elementos são para o Reino e ocorre da seguinte maneira: pelo fogo para consumir tudo que é natural, a fim de que as coisas de Deus permaneçam; nós precisamos ser consumidos, até os ossos, até nos tornarmos somente ossos, e então o Senhor pode fazer algo em nós; pelo vento, que é a palavra que pode produzir algo nos nossos ossos; o vento é o sopro do Senhor; e pela água, quando nos tornamos um exército e esse exército flui como água, e aonde quer que esse exército vá, a água vai, e aonde as águas vão, a vida irá, tudo poderá crescer, e o resultado será terra, e a terra irá prosperar como o
Reino de Deus.

Então, o livro de Ezequiel, primeiro é o fogo para consumir tudo aquilo que é natural, que vem da carne. Ezequiel 22:26 diz: - “Os seus sacerdotes transgridem a minha lei e profanam as minhas coisas santas,
não fazem diferenças, nem discernem o imundo do limpo e dos meus sábados escondem os olhos; e, assim, sou profanado no meio deles.” - Hoje nós estamos encarregados de cuidar da Casa de Deus, de proteger o que é comum do que é incomum, do que é limpo do que é imundo, o que é santo do que é profano; e o que é profano não pode entrar na Casa de Deus.

A Igreja de Deus não é comércio. Podemos usar o comércio lá fora, mas não podemos fazer comércio dentro. Não deve haver comércio na Casa de Deus. Não há lucro na Casa de Deus. Podemos vender cadeiras, muitas coisas, água, mas não podemos vender as pedras de Deus, as pedras que são revelações que o Senhor nos dá. Atualmente, muitos cristãos estão fazendo comércio com as coisas de Deus; quando eles oram, eles pedem um preço, - “se você quer ser curado, primeiro você me paga, e somente se você pagar primeiro, eu vou orar por você!” - “Se você quer receber as bênçãos, pague primeiro, e então venha receber a oração.” - Isso é fazer negócios com as coisas de Deus, por meio do seu poder pessoal, sua beleza, sua sabedoria. — Há outros clamores comerciais disfarçados de dons divinos como: - “Você tem um problema?  Venha até mim e vamos ter uma comunhão, mas primeiro você paga! Eu tenho uma profecia para você, mas pague primeiro, e dependendo de quanto você me pagar, irá receber a profecia! Se você só pode pagar US$ 100,00 lhe darei uma pequena palavra a você, mas se você pagar mais levará um capítulo todo, você tem que pagar US$ 2.000,00 por isso. O que é isso? Isso são negócios na Casa de Deus, negócios com as coisas de Deus e o resultado é ter o coração elevado. O fato é que você se torna uma pessoa especial uma pessoa vip; você até nomeia seu ministério, - “Ministério de Alguém”, ou nomeia uma empresa particular como sendo um ministério, “Ministério Empresa Tal.” Nosso Ministério é para a Casa de Deus, ele vem de Deus e é um Ministério Grátis.

Livro: O ministério na Era Pré-Adâmica (publicado gratuitamente no site: http://www.forthechurches.org/)


terça-feira, 18 de janeiro de 2011

FESTA EM BETÂNIA (REUNIÃO DA IGREJA)

Foi, pois, Jesus seis dias antes da páscoa a Betânia, onde estava Lázaro, o que falecera, e a quem ressuscitara dentre os mortos. Fizeram-lhe, pois, ali uma ceia, e Marta servia, e Lázaro era um dos que estavam à mesa com ele. Então Maria, tomando um arrátel de ungüento de nardo puro, de muito preço, ungiu os pés de Jesus, e enxugou-lhe os pés com os seus cabelos; e encheu-se a casa do cheiro do ungüento. João 12: 1-3. O reino dos céus é semelhante a um certo rei que celebrou as bodas de seu filho. Mat. 22:02.
Quando ouvimos falar em festa ou quando somos convidados para uma delas, a primeira coisa que nos vem à mente é que ali haverá comida, cânticos, músicas, sorrisos, descanso, prazer e alegria mútua. Participar de uma festa é, pois, desfrutar do convívio de pessoas íntimas, é como sentir-se em sua própria casa, com total liberdade. Na festa, entre os convidados não pode haver melhores ou piores; não haverá maiores nem menores, todos são igualmente, apenas convidados, e como tal, podem desfrutar da festa em igualdade de condições. É assim que o dono da casa, ou anfitrião, serve com toda atenção e apreço, aos convivas.

Nosso Senhor Jesus Cristo, em seu ministério, bem cuidou em levar as boas novas da salvação às ovelhas perdidas da casa de Israel, especialmente, e com muita intensidade, à cidade de Jerusalém. Anunciar as boas novas, curar enfermos, dar visão aos cegos, expelir demônios, nada disso parecia causar cansaço ao Senhor. Entretanto, o que certamente lhe cansava era ver, repetidas vezes, a incredulidade daquele povo religioso, que afeito às tradições judaicas não se rendiam aos pés do Senhor.

Assim, muitas vezes o Senhor saiu de Jerusalém para repousar em Betânia. Podemos ver aqui o contraste: Jerusalém, a cidade santa, o lugar escolhido por Deus como o centro de congregação de seu povo. Cidade religiosamente importante. Ali se encontravam o templo e os sacerdotes. Ali eram celebradas as festas dos judeus, segundo as suas tradições. Cristo, porém, não foi ali reconhecido, nem recebido pelos líderes religiosos. Naquelas festas não havia nenhuma liberdade para o participante, todos tinham que cumprir um ritual, segundo a tradição. É lamentável que o fato se repita, hoje, em meio aos cristãos.

Ao contrário, Betânia significa casa dos pobres ou casa da aflição. Sabemos, entretanto, que Betânia é um tipo da Igreja, uma casa simples com algumas dificuldades aparentes, mais que abriga em seu interior, uma Marta, pessoa que serve, e que ao ver o Senhor e seus discípulos, pela primeira vez passando naquela cidade, o chamou para sua casa; uma Maria, alguém que demonstrando o amor pelo Senhor quedou a seus pés, lavou-os com bálsamo e enxugou com os cabelos; também havia um Lázaro, aquele que como todos os cristãos estivera morto e ressuscitou ao ouvir a palavra do Senhor. 

Exteriormente, como Betânia, a Igreja pode ser pobre e oprimida. A igreja na terra pode não ser rica em coisas materiais (e nem deve), basta-lhe ser rica do gozo e da presença do Senhor. As pessoas podem olhar hoje para a igreja, e dizer que ela é pobre e cheia de aflição, assim como os judeus olharam para Betânia. Isto porque não têm um espírito para perceber quão rica a Igreja é no gozo de tudo o que o Senhor tem para os seus santos.

Embora não houvesse nada exteriormente atraente na casinha de Betânia, interiormente ela estava cheia de festa, de descanso, e satisfação. Não só o Senhor Jesus era festa e repouso, mas assim também eram todos os que estavam lá. Na Igreja do Senhor, o viver deve ser da mesma maneira. Precisa haver a alegria de servir, encontrada em Marta; o amor genuíno visto em Maria; e o testemunho vivo de Ressurreição encontrado em  Lázaro. Tudo porque, na Igreja como em Betânia, Cristo o Senhor, está presente.

Exteriormente, tudo pode ser pobre; interiormente, porém, tudo é precioso, doce e valorizado: temos as insondáveis riquezas de Cristo e sua presença. Nós temos a doce sensação de que estamos com o Senhor e que o Senhor está conosco. Ele está festejando com a gente e nós estamos nos deleitando com ele. Tanto Ele como nós, estamos descansando, como disse em Ezequiel 34:5: Eu mesmo apascentarei as minhas ovelhas, e eu as farei repousar, diz o Senhor DEUS . Somos um grupo de Joãos, todos reclinados sobre o peito do Senhor!...  Ele é o nosso eterno sábado, e nós, a Igreja, a consumação de Sua obra. Estamos todos em confortável repouso e plenamente satisfeitos: Ele, conosco e nós, com Ele. Ele nos deu a sua vida, para que a Igreja tivesse hoje, este viver.  Este é, pois, o viver adequado da igreja que dá prazer ao Senhor.

Sua presença é tudo para o viver da igreja. A igreja depende totalmente da presença do Senhor, por isso deve invocá-lo sempre. Sem a presença do Senhor, a vida da igreja é vazia. Interiormente, o viver da igreja deve ser uma permanente festa, simples, porém tendo como centro somente Cristo, como era na casinha modesta em Betânia!... Na Igreja, a exemplo de Betânia, deve haver sempre uma festa preparada para o Senhor e o Seu povo. Ele não avisava quando ia, nem tinha um calendário preestabelecido com horários fixados. Ali Ele simplesmente chegava e era bem recebido, servido, louvado, testemunhado e toda primazia lhe era dada. Todos estavam sempre esperando e preparados para recebê-lo, no momento e do jeito como ele chegasse, pois sua presença era sempre o maior motivo de alegria naquela casa.  Isto não só o próprio Senhor aprecia, mas, também, todas as pessoas que estão com Ele. A igreja é um lugar onde o Senhor e seu povo se reúnem, para festejar um com o outro e desfrutar um do outro.

Que o Senhor nos dê, na prática, esse viver e que as nossas casas sejam como a de Betânia, sempre receptiva ao Senhor e a Seu povo, e que cada reunião tenha como centro Ele, que é tudo em todos e que assim possamos com alegria comemorar a vitória do Senhor, enquanto aguardamos a Sua vinda.



Em Cristo.

Irmão João






A ti, pois, ó filho do homem, te constituí por atalaia sobre a casa de Israel; tu, pois, ouvirás a palavra da minha boca, e lha anunciarás da minha parte. Ez. 33:7
 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

HOMENS NATURAIS DESEJAM UM REI

Por alguma estranha razão, os Filhos de Deus frequentemente não estão satisfeitos com o plano de Deus. Muitos têm um desejo diferente em seus corações.  Eles desejam uma autoridade humana, palpável. Eles anseiam por alguém que possam ver, ouvir e sentir.  Sentem-se muito mais confortáveis com algo natural.  Saibam eles ou não, o que procuram é um tipo de rei, assim como os Filhos de Israel fizeram tantos anos atrás. Sentindo-se insatisfeitos com sua autoridade espiritual, eles vieram a Samuel e insistiram para que ele estabelecesse um rei terreno para eles (1ª. Sam.  8:5-20).

Talvez possamos identificar algumas razões para este desejo enigmático. Antes de mais nada, ter um rei iria desobrigá-los da responsabilidade pessoal de procurar Deus por eles mesmos. Agora seu “líder” poderia fazer isso por eles. Além disso, ele poderia arcar com toda a responsabilidade, cuidar de todos os problemas, decidir sobre todas as direções que eles deveriam tomar e lutar as batalhas deles. Tudo o que eles precisariam fazer seria sentar e aproveitar a jornada.

Quando Samuel ouviu este pedido, ficou muito irado.  Ele sabia quais eram as intenções de Deus e compreendia que Deus o estava usando para transmitir liderança Divina ao povo. Samuel se afligiu porque a nação que Deus havia escolhido como Sua, iria para o caminho errado. Entretanto, o Senhor lembrou-o que ele não tinha sido o único a ser rejeitado. O povo não estava abandonando um homem, mas estava recusando a soberania de Deus em suas vidas (1ª. Sam. 8:7-8).

É uma evidência do grande amor de Deus pelos homens e de Sua graça abundante, o fato Dele não ter desamparado os Israelitas, mesmo quando eles O estavam abandonando. Ele os deixou seguir seu próprio caminho, mas primeiro explicou-lhes que o seu pedido seria ruim para eles. A autoridade humana, terrena, iria ferí-los de três maneiras :

1) Iria tirar deles seus filhos e filhas,
2) Iria requerer uma porção de suas propriedades e,
3) Iria trazê-los a uma escravidão da qual Deus não os libertaria (2ª Samuel 8:9-18).

Ele permitiu que eles seguissem seu próprio caminho porque percebeu que seus corações já O haviam abandonado. Mas está bem claro que este não era o Seu desejo.

(...)

1) Rouba às pessoas os seus frutos espirituais (filhos e filhas).  A autoridade humana paralisa o corpo de Cristo pela colocação de suas próprias orientações e planos no lugar do Espírito Santo. Embora esta autoridade possa ser bem intencionada e possa mesmo ter muitos programas, tais como “metas evangelísticas,” o poder tremendo do Evangelho é diminuído quando a substituição for feita. Um resultado desfavorável é que os cristãos tendem naturalmente a olhar para a autoridade humana em busca de direção e aprovação, em vez de estar sendo continuamente dirigidos por sua verdadeira Cabeça. Consequentemente, aqueles que estão sob este tipo de autoridade hesitam em iniciar algo por eles mesmos, com receio de que isto seja visto como um desafio à posição do líder. Com o passar do tempo, tornam-se incapazes de serem dirigidos pelo Espírito Santo. Isto rouba poder espiritual dos cristãos. Conforme a intimidade real com a verdadeira Autoridade é substituída por algo humano e fraco, o fruto que produz em cada faceta da vida espiritual é constrito.

2) A autoridade humana demanda o dinheiro das pessoas (suas posses). Está fora de questão que a importância de qualquer posição terrena é julgada pela sua esfera de influência e por sua extravagância. Quanto mais pessoas um líder tem sob sua autoridade, mais importante ele é. Quanto maior o território que ele governa, maior prestígio ele tem. Usualmente, acompanhando esta elevação perante os olhos humanos, estão roupas extravagantes, meios de transporte mais caros e moradias mais luxuosas. Na Igreja de hoje não é diferente. Quase invariavelmente, conforme cresce a influência de um líder, cresce também o desejo dele de conseguir lugares de encontro que sejam maiores e mais impressionantes, um guarda-roupa mais condizente com sua posição e, em geral, um aumento de salário. Isto inevitavelmente custa dinheiro e este dinheiro vem daqueles que se colocaram sob a influência desta autoridade terrena.

Pare um momento e compare isto com o exemplo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele não tinha lugar para apoiar Sua cabeça e, provavelmente, também não tinha uma muda de roupas. Ele nunca construiu palácios ou templos.  Constantemente recusava qualquer posição de autoridade terrena. Seu pagamento era o que o Pai movia os outros a lhe darem. Como fica o que estamos fazendo, comparando com isto?

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3) A autoridade não espiritual leva o povo de Deus a ser escravo da vontade humana, usando seu tempo, energia e talentos para construir uma organização terrena em vez de um corpo espiritual. A autoridade natural, com todos os seus planos e programas, necessita de pessoas para fazer o trabalho. Então, quando você se coloca sob tal autoridade, você passa a permitir que a usem como um instrumento para tais empenhos. Além disso, na mesma proporção que você se submete a ter sua vida governada por autoridade humana, você exclui a autoridade do Espírito. Você não pode servir a dois senhores. É inevitável que surgirá um conflito entre os dois. Seu Mestre Celestial deseja dirigir cada aspecto de sua existência e qualquer outra autoridade só irá ser competitiva e frustrante.  Quando você escolhe a maneira terrena, como os Israelitas fizeram, você se torna um escravo da vontade e dos caprichos humanos, em vez de experimentar a verdadeira liberdade da submissão a Deus.

Esta é uma escravidão da qual Deus não vai nos libertar (1ª. Samuel 8:18). Deus nunca violará nossa vontade. Quando escolhemos algo, Ele não irá nos forçar a mudar de decisão. Ele pode trabalhar de muitas maneiras diferentes para nos fazer ver nosso erro. Nós podemos descobrir nossa percepção de Sua presença em nossa vida abatida. Podemos começar a achar que problemas que pareciam pequenos quando estávamos caminhando em intimidade com Jesus, agora parecem insuperáveis. Ele pode mesmo permitir que nos tornemos miseráveis no caminho que escolhemos. Mas, quando nós voluntariamente nos sujeitamos à autoridade humana, Ele não nos livrará dela. Nossa única alternativa é reverter a escolha. Devemos exercitar nossa própria vontade e escolher nos afastar de qualquer autoridade na Igreja que seja uma substituição de Sua própria autoridade.

Isto pode ser uma surpresa para muitas pessoas mas é, apesar disso, verdade. Quando nós nos submetemos à autoridade terrena, nós realmente nos colocamos debaixo de uma maldição. A Escritura diz: “Maldito é o homem que confia no homem e faz da carne a sua força, cujo coração se aparta do Senhor. Porque ele será como o arbusto solitário no deserto e não verá quando lhe vier o bem; antes morará nos lugares secos do deserto, na terra salgada e inabitável” (Jeremias 17:5 e 6).  Note que confiar no homem e afastar-se de Deus estão ligados. Quando você olha para seres humanos, você não pode evitar de tirar os olhos de Deus. Um outro verso nos adverte : “Não confieis em príncipes, nem nos filhos dos homens, em quem não há salvação. Sai-lhes o espírito e eles tornam ao pó; nesse mesmo dia perecem todos os seus desígnios.” E continua : “Bem aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperança está no Senhor Seu Deus (Salmo 146:3-5).

Trecho do Livro: Autoridade Espiritual Genuina de David W. Dyer (Acesso gratuito pelo site http://www.graodetrigo.com/)

"Mostre ao mundo os frutos do Cristianismo, e este irá aplaudi-lo; mostre-lhe o Cristianismo, e lhe fará forte e vigorosa oposição" Wachman Nee.