segunda-feira, 21 de março de 2011

Como Identificar Seitas Perigosas


Como podemos saber se uma organização religiosa, política ou de outro tipo é uma seita perigosa? As seitas usam as seguintes táticas:

1. Recrutamento

  • Engano: A identidade e os verdadeiros objetivos do grupo não são revelados antecipadamente. Os líderes dizem aos membros para esconderem informação acerca do grupo, para que pessoas 'de fora' não saibam muito acerca deles.
  • Chantagem Emocional: As seitas oferecem amizade e aceitação instantânea. Os que recrutam novos adeptos não aceitam uma resposta negativa sem terem antes feito a pessoa sentir-se culpada ou ingrata. Se dissermos sim, a culpa e o sentido da obrigação serão usados cada vez mais para enfraquecer as nossas defesas.
  • Exploração de Crises Emocionais: São exploradas situações como um relacionamento quebrado, um falecimento na família, a perda do emprego, uma mudança recente, a solidão e a depressão.
  • Invenção de Crise: O mundo à nossa volta e crentes de outras religiões são vistos numa perspectiva negra, ou o fim do mundo é iminente, etc. Dizem-nos que temos de fazer parte do grupo para sermos salvos ou curados.
  • Respostas: O grupo tem respostas simplistas para todas as nossas perguntas acerca da vida. As respostas deles são as únicas.
2. Programação
  • Estudo Intenso: A ênfase é posta nos escritos e doutrinas do grupo. A Bíblia, se usada, é citada de forma seletiva e fora do contexto.
  • Avisos: Os novos membros são avisados de que Satanás fará os familiares e amigos deles falar mal do grupo. Dentro de pouco tempo, os recrutas só confiam em outros membros do grupo.
  • Culpa e Medo: Os grupos enfatizam a natureza pecaminosa do indivíduo e a necessidade de purificar a velha personalidade.
  • Controlo da Rotina, Fadiga: O estudo e o trabalho para o grupo são obrigatórios, roubando quase todo o tempo do novo membro, tornando-o demasiado ocupado para refletir ou para ouvir a opinião de outros. A família, os amigos, o emprego e os passatempos são postos de lado, isolando-o ainda mais.
  • Ataque ao Pensamento Independente: O pensamento crítico é desencorajado e interpretado como orgulho e pecado. É encorajada a aceitação cega.
  • Comissão Divina: O(s) líder(es) alegam ter recebido novas revelações de Deus e afirmam ser os únicos porta-vozes de Deus para a humanidade neste tempo.
  • Mentalidade a Preto-e-Branco: Todas as questões têm respostas simples e requer-se do novo adepto uma obediência inquestionável às ordens do grupo. Uma mentalidade do tipo "nós contra eles" fortalece a identidade do grupo. Todas as pessoas que não pertencem ao grupo são encaradas como fracos ou enganados.
3. Retenção
  • Questionamento de Motivos: Quando é apresentada evidência sólida contra o grupo, os membros são ensinados a questionar os motivos da pessoa que apresenta a evidência. Aquilo que pode ser verificado é ignorado e aceita-se aquilo que não pode ser verificado.
  • Controlo da Informação: O grupo controla aquilo que o membro pode ver ou ouvir. É proibido o contato com ex-membros e com qualquer pessoa que critique o grupo.
  • Isolamento e Alienação: O grupo substitui a família e é-lhe dito que não precisa de mais ninguém (nem mesmo a família) além do grupo. Talvez o novo adepto receba instruções para desistir da escola, abandonar o lar, o desporto, etc.
  • Coerção: A desobediência, incluindo até mesmo desacordos insignificantes com a doutrina do grupo, terá como resultado o ostracismo e a expulsão.
  • Fobias: O medo do mundo e das outras pessoas é aumentado, tal como o medo do diabo e o medo do mal. Ensina-se aos membros que lhes acontecerá algo muito mau se eles deixarem o grupo. Não existe nenhuma maneira honrosa de sair do grupo.
  • Empenho: Ser membro e trabalhar para o grupo é essencial para a salvação. Por muito que o adepto se esforce, nunca é suficiente.
4. Resultados
  • Dependência: O adepto fica com uma dependência infantil do grupo.
  • Desordens Pessoais: Depressão, desorientação, ansiedade, stress, comportamento neurótico ou psicótico e até mesmo tendências suicidas.
  • Capacidade Diminuída: O adepto perde a capacidade de pensar de forma clara e crítica. Contradições lógicas nas doutrinas têm pouco ou nenhum efeito sobre ele.
  • Relacionamentos Cortados: A família e os amigos são postos de lado.
  • Exploração: O adepto é explorado financeira, psíquica e/ou mentalmente. Pode ser manipulado para dar tudo o que possui ao grupo, abandonar a escola ou emprego para poder passar muitas horas a vender literatura ou outros itens, fornecer mão-de-obra barata para o grupo, etc.

quarta-feira, 16 de março de 2011

RESTAURANDO A VERDADEIRA CABEÇA

Esta é a grande necessidade de hoje. Precisamos restaurar a Cabeça para a Sua posição de direito sobre nós e entre nós. Precisamos entronizar Jesus como Senhor em nossas vidas e em Sua Igreja. Ele é a cura para as nossas doenças. Ele é a resposta para cada problema na Igreja. Sua liderança e Sua autoridade irão resolver todas as questões de pecado, heresia e divisão.
Precisamos Dele e somente Dele. Nenhum programa novo de encontros nos lares ou discipulado irá fazer o trabalho. Retor­nar ao Judaísmo ou "aprender a se submeter à autoridade" não irão resolver as reais necessidades. Nem grandes manifestações de dons ou milagres podem efetuar a mudança que é necessária.

O que estou advogando aqui é, na verdade, algo muito ra­dical. O que necessitamos é um novo tipo de reforma ou mesmo revolução dentro da Igreja. Martinho Lutero foi considerado um radical em seus dias. Na verdade, ele e vários outros homens trilharam um longo caminho para ajudar a Igreja a escapar da escravidão do catolicismo.

Mas eles não foram suficientemente longe. Outra mudança é necessária. Precisamos voltar aonde eles pararam e continuar a reforma, até que nada que seja humano e terreno seja deixado. Precisamos desesperadamente avançar com a limpeza do Templo de Deus, até que não restem mais altares substitutos e objetos de louvor.

Movendo-se no temor do Senhor, necessitamos voltar a Ele de todo o nosso coração. Se deixarmos qualquer "cananeu" na terra, eventualmente sua influência irá trabalhar para nos trazer de volta à idolatria e à escravidão.

Moisés gritou a faraó em nome do Senhor, dizendo: "Deixa ir o meu povo, para que me sirva..." (Êx 7:16). Muitos filhos de Deus estão hoje em escravidão a vários capatazes e são oprimi­dos por seguir as ordens de lideranças humanas. Eles estão sub­jugados por um sistema organizado de práticas religiosas. Muitos e variados líderes estão reinando sobre outros, usando seus esforços para edificar suas próprias "grandes obras" para Deus.

Os membros submissos são freqüentemente usados na construção de monumentos terrenos que declaram o sucesso e o orgulho de seus líderes. Quase invariavelmente, quanto mais bem sucedida se torna uma "igreja" ou um "ministério", mais abundante e grandioso seu edifício físico parece ser. Isso requer o trabalho e o dinheiro do povo de Deus. Creio que nestes últi­mos dias Jesus deseje libertar Seu povo de tal escravidão.

Honestamente, não temos nada a perder ao trilharmos por esse novo caminho. É dolorosamente óbvio que a Igreja de nos­sos dias não é "sem máculas ou rugas ou qualquer outra coisa" (Ef 5:27). Ela está muito longe do que necessita ser, para estar pronta ao encontrar seu Rei. Se tivermos medo de "arriscar", ao confiar plenamente em Deus, então seremos deixados somente com aquilo que já temos. Isso, queridos irmãos, não funcionou até agora e nem nunca funcionará.

O que necessitamos para prosseguir é de uma grande dose de fé. Precisamos acreditar que, se pararmos com nossas ações, direções e organizações na casa de Deus, Ele será capaz de fazer o trabalho. Precisamos crer que Jesus é apto para ser nossa Cabeça. Precisamos confiar num Senhor invisível. Temos que ter fé que, já que Ele está sustentando o Universo inteiro, poderá liderar cada membro do Seu corpo. Se não acreditarmos em Sua capacidade para fazer isso, então não iremos a lugar algum.

"Sem fé é impossível agradar a Deus" (Hb 11:6). É imperati­vo que o corpo de Cristo retorne a uma caminhada de fé com o Jesus ressuscitado. Por fé, podemos sentir Sua liderança e segui-Lo. Nenhum substituto humano, visível e tangível, poderá nos ajudar a chegar aonde precisamos estar.

Livro: Deixe meu povo ir.
Autor: David W. Dyer
Publicação Ministério Grão de Trigo: http://www.graodetrigo.com/