sábado, 19 de fevereiro de 2011

CRESCIMENTO EM VIDA

“Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o filho , e crer nele, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. Jo. 6:40. “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu filho”. 1 Jo. 5:11. “E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco”. 1Tes. 3:12.até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estarua de Cristo”. Ef. 4:13.

Todos nós, os que cremos, recebemos dons.  O primeiro, o dom inicial,  é intrínseco, ou seja, é infundido dentro de nós e passa a fazer parte de nosso ser interior. Este dom é a vida. A vida então precisa crescer, para que possa ser notada, isto é, manifestada por meio do viver.

O Senhor Jesus ao ser concebido tinha em Si a vida incriada de Deus. Ele era o próprio Deus. Ainda assim, Ele foi para Nazaré, onde até os 30 anos, viveu. Na realidade, o que Ele fez ali foi ser separado para, antes de iniciar seu ministério terreno, crescer em vida* tendo um viver segundo a vontade do Pai. Nós, se quisermos crescer em vida* precisamos também ser separados, santificados. A palavra Nazaré significa verdejante, logo, o que o Senhor fez ali foi verdejar, ou seja, se encher do verde que representa a vida. Ele mesmo se considerava verde, ao dizer referindo-se a Si mesmo: “Porque se ao lenho verde fazem isto, o que se fará ao seco?” Lc. 23:31.

Porque Ele era crescido em vida, pode então, vencer as tentações no deserto. Pode levar a cabo Seu ministério, e ainda, suportar a cruz. Por outro lado, porque era crescido em vida, Ele pode agir como o Bom Pastor. Tornou-se além de pastor, o alimento para as ovelhas. O salmo 23 diz: “O Senhor é o meu pastor;  nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes”. Ser um nazareno é ser um verde, alguém que manifesta a vida de Deus, o dom intrínseco, de maneira extrínseca, ou seja: expressa, em seu viver, a vida de Deus que está dentro dele. Este é o mistério da piedade: Deus manifestado na carne.  Se a vida é tão pequena que ainda está oculta, não poderá ser vista. Mais para que a vida cresça, é necessário alimento. Pastos verdejantes. Este pasto é o próprio Senhor do qual podemos nos alimentar hoje, por meio da palavra e do desfrute de Sua graça, na comunhão dos santos. Aleluia! Ele é o pastor e o pasto!

O que dá a cor verde ao pasto é a seiva. A seiva é o elemento que circula na planta. Logo é a natureza da planta. Ela é quem dita a cor da planta. Mais seiva, mais verde! Mais a natureza se expressa! O pasto seco, não serve para alimento porque é morto. Não tem cor. Não há nele qualquer circulação da natureza da planta. Neste caso, recomenda-se adubo para alimento e água para refrigério. No salmo 23, é dito que o Senhor nos leva para as águas tranqüilas, onde somos refrigerados. Se estamos ressecados, ainda podemos obter clorofila: vamos às águas do espírito e babamos de Cristo.

Se também queremos ter um viver cristão normal, precisamos ser Pastor, para guardar os irmãos em amor, e Pasto para servir de alimento para eles. Isto implica em sermos verdes. Cheios da natureza de Deus.

A vida divina – o dom gratuito de Deus - que está em nós tem essência, natureza e expressão. Assim como a vida humana, tem essência, natureza e expressão.

A essência da vida divina é o Espírito. Esta não cresce, pois já é infinitamente grande, a ponto de ser eterna. É o próprio Senhor, O Espírito, dentro de nós.

A Natureza Divina é Amor. Esta sim, deve crescer sempre até que cheguemos à estatura do varão perfeito. Eqüivale  a termos o mesmo amor que teve o Senhor.  Neste estágio cumpriremos o grande mandamento da Lei: Amaremos a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos de maneira que, se necessário for, iremos até ao calvário. Quando assim agirmos, certamente todos verão algo diferente em nós. Este algo é o viver. Isto é, o testemunho da vida.  Mostra que Deus habita em nós e está sendo manifestado. A natureza é o elemento inato que dá mobilidade ao ser. Assim a natureza é o elemento que faz a vida  se movimentar, ou agir. Por isso tudo o que o Senhor fez foi com amor. Era o amor (A Natureza Divina) que fazia Ele se movimentar. Isto era visto e atraia as multidões atrás de Si.  Se quisermos crescer até que a vida seja manifestada em nós, precisamos agir sempre com amor. Assim atrairemos as pessoas para Cristo. Qualquer ação ou omissão nossa, que não seja motivada por amor, ainda que pareça boa, não agradará a Deus, por não ter origem em Sua natureza. Será prejudicada pela sua origem e será considerada iniquidade. Paulo disse em 1ª Co. 16:14 “Todos os vossos atos sejam feitos com amor”. (Chamo a atenção para a palavra todos)  Em outras palavras: devemos fazer tudo motivados pela Natureza Divina. Toda vez que a exercitamos para fazer algo, mais amor nós experienciamos e mais cresce este amor em nós. Quanto mais cresce, mais se torna visível: isso é glória para o Senhor. Deus glorificado é Deus visto, é Deus manifestado.

A manifestação da vida Divina, é Luz, é Glória. Ao vivermos de modo digno, sempre exercitando o amor (Natureza Divina) Deus é glorificado e manifestado em nós. O Senhor Jesus Cristo é a expressão máxima de Deus. Deus era visto em seu viver. Ser cristão não é meramente seguir a Cristo, mais é também ser ungido para viver Cristo. Viver Cristo é expressar Deus em nosso viver, por meio de fazer a Sua vontade.

Este viver é que nos leva a sermos vencedores e quando da manifestação do Reino, na vinda do Senhor, entrarmos no Seu gozo e com Ele reinarmos. O Reino é para os vencedores. Os vencedores são os que fazem a vontade do Pai. São aqueles que por se amarem mutuamente se tornaram um corpo: O corpo de Cristo.

Nos dias do Senhor na terra o Corpo de Cristo era Jesus. Nele estava o Cristo de Deus. Para isto Ele verdejou!  Hoje o corpo de Cristo é a igreja que se junta e funciona em amor. Os vencedores, pois, não são a igreja apenas como família de Deus, mais igreja como o Corpo de Cristo. Ser a família é ter a mesma vida, a mesma essência divina: isto é pela graça.  Ser o corpo é ter o mesmo viver, o mesmo funcionar, segundo a natureza divina: isto é por amor.  Este viver  será possível se  negarmos a nós mesmos, rejeitar o nosso ego, para, então, amarmo-nos mutuamente, no amor do Senhor.  Em resumo: a essência Divina é para a igreja como família; a natureza Divina é para a igreja como o Corpo de Cristo. O corpo é a expressão visível do Senhor.

Os vencedores são, portanto, os que fazem a vontade do Pai, isso implica em irmos para Nazaré, -(Mt. 2:22-23)- um lugar que mesmo sendo desprezado em razão de sua localização, estava separado de Jerusalém, e da elite da tradição religiosa. A humildade e a simplicidade de Nazaré, é um dos adubos que devemos usar pois faz a vida crescer. A distância de Jerusalém (religião) é a sebe que nos separa:  verdadeira proteção para que a vida não seja tocada, e possa crescer. O amor se manifesta na simplicidade.  Por isso o Senhor nos mandou ser simples como as pombas. 


* Crescer em natureza. O que já era santo santificou-se mais ainda,  por amor.

No amor do Senhor.

Irmão João.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

EXPERIÊNCIA DE LUTERO

"Depois de fazer pouco caso de Lutero, dizendo que ele seria um "alemão bêbado que escrevera as teses", e afirmando que "quando estiver sóbrio mudará de opinião" o Papa Leão X ordenou, em 1518, ao professor de teologia dominicano Silvestro Mazzolini que investigasse o assunto. Este denunciou que Lutero se opunha de maneira implícita à autoridade do Sumo Pontífice, quando discordava de uma de suas bulas. Declarou ser Lutero um herege e escreveu uma refutação acadêmica às suas teses. Nela, mantinha a autoridade papal sobre a Igreja e condenava as teorias de Lutero como um desvio e uma apostasia.

(...)

A 16 de abril, Lutero apresentou-se diante da Dieta. Johann Eck, assistente do Arcebispo de Trier, mostrou a Lutero uma mesa cheia de cópias de seus escritos. Perguntou-lhe, então, se os livros eram seus e se ele acreditava naquilo que as obras diziam. Lutero pediu um tempo para pensar em sua resposta, o que lhe foi concedido. Este, então, isolou-se em oração e depois consultou seus aliados e amigos, apresentando-se à Dieta no dia seguinte. Quando a Dieta veio a tratar do assunto, o conselheiro Eck pediu a Lutero que respondesse explicitamente à seguinte questão:

"Lutero, repeles seus livros e os erros que eles contêm?"

Lutero, então, respondeu:

"Que se me convençam mediante testemunho das Escrituras e claros argumentos da razão* - porque não acredito nem no Papa nem nos concílios já que está provado amiúde que estão errados, contradizendo-se a si mesmos - pelos textos da Sagrada Escritura que citei, estou submetido a minha consciência e unido à palavra de Deus. Por isto, não posso nem quero retratar-me de nada, porque fazer algo contra a consciência não é seguro nem saudável." 
* É uma pena que algumas seitas religiosas ensinam que usar a mente (razão) é pecado.

Hoje no meio da cristandade a história se repete. Aqueles que se apresentam, fundamentados na palavra de Deus, contra práticas e doutrinas que se desviam do propósito de Deus, que é encabeçar todas as coisas em Cristo, tanto as do céu como as da terra, são acusadas de rebeldes, doentes, estão "fora de si", assim como o Papa Leão X fez com Lutero.

Pessoas são arregimentadas para investigar o assunto, assim como o Papa fez. Mas em vez de buscar respostas na palavra de Deus eles anunciam que o problema é que, quando você discorda de uma bula (prática ou doutrina não bíblica) a autoridade do "Sumo Pontífice" é que está sendo contestada, então você se torna um apostata.

Realmente temos que tomar cuidado e estarmos fundamentados na palavra, e sermos fieis ao Senhor e não a homens ou organizações religiosas.

Estamos naqueles últimos tempos em que o apóstolo Paulo, por revelação, profetizou que seriam trabalhosos: (3)"Pois haverá tempo em que não suportarão o ensinamento saudável; pelo contrário, sentindo coceira nos ouvidos, ajuntarão para si mestres segundo suas próprias paixões, (4) e afastarão seus ouvidos da verdade, voltando-se para as fábulas."

A estratégia do inimigo é promover um estilo de ministério que não pregue a Palavra, que não fundamente os santos em Cristo e este crucificado. Pois "...destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo? (Sl 11:3)
Mas devemos ser firmes "Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de sobriedade." 2 Tm 1:7.

(...)

1 Tm 6:3-5 "(3) Se alguém ensina coisas diferentes e não concorda com as palavras saudáveis de nosso Senhor Jesus Cristo e com o ensinamento segundo a piedade, (4) está cegado pelo orgulho, nada entende, mas está enfermo com questões e contendas sobre palavras, das quais se originam inveja, discussões, difamações, suspeitas malignas, (5) disputas intermináveis de homens corrompidos na mente e privados da verdade, supondo que a piedade é fonte de lucro."

Interessante destacar a palavra privados (despojados, destituídos) no grego, implica que antes possuíam a verdade, mas que agora a verdade lhes tinha sido tirada. Portanto foram destituídos da verdade. E a verdade refere-se às coisas verdadeiras reveladas no Novo Testamento acerca de Cristo e da igreja. A igreja é a coluna e baluarte da verdade. A igreja deve suportar, sustentar e testificar a verdade, a realidade, de Cristo e a igreja.

(...)

1 Tm 6:10 "Pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males, pelo que alguns, cobiçando-o, se desviaram da fé e a si mesmo se atormentaram com muitas dores."

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

AGIR SEGUNDO A PALAVRA DE DEUS

"Então disse o Senhor a Josué: Olha, entregarei na tua mão Jericó, o seu rei e os seus valentes. E será que, tocando-se longamente a trombeta de chifre de carneiro, ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita; o muro da cidade cairá abaixo, e o povo subirá nele, cada qual em frente de si. Gritou, pois, o povo, e os sacerdotes tocaram as trombetas. Tendo ouvido o povo o sonido da trombeta e levantando grande grito, ruíram as muralhas, e o povo subiu à cidade, cada qual em frente de si, e a tomaram." Js. 6:2, 5 e 20.
 
"E disse: Porquanto o SENHOR jurou, haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em geração. Não os lançarei de diante de ti num só ano, para que a terra se não torne em desolação, e as feras do campo se não multipliquem contra ti." Ex. 17:16 e 23:29. Ex. 17:16 e 23:29.
 
"Não que eu tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" Fl. 3:12-14. Fl. 3:12-14. Js. 6:2, 5 e 20.
 
"E disse: Porquanto o SENHOR jurou, haverá guerra do SENHOR contra Amaleque de geração em geração. Não os lançarei de diante de ti num só ano, para que a terra se não torne em desolação, e as feras do campo se não multipliquem contra ti." Ex. 17:16 e 23:29. Ex. 17:16 e 23:29.
 
"Não que eu tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus. Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus" Fl. 3:12-14. Fl. 3:12-14.
Ao entrar na terra de Canaã, a boa terra, Josué, com os filhos de Israel, devidamente orientado por Deus, conquistou Jericó. A cidade de Jericó era potencialmente grande e fortificada, e mesmo assim foi conquistada. Enquanto isto sua vizinha Aí era significativamente pequena; mesmo assim, Josué com seus homens não conseguiu conquistá-la na primeira tentativa. Isto nos mostra que a vitória em Jericó não deve ser aplicada a Ai. O fato de termos uma experiência vitoriosa não significa que já alcançamos a perfeição para todos os fins ou que já estamos definitivamente prontos.

Podemos concluir que as nossas experiências vitoriosas do passado não devem ser automaticamente aplicadas em situações novas, especialmente quando se trata de coisas espirituais; se formos atacar Aí baseados em nossa experiência de Jericó sem antes depender do Senhor, podemos falhar e sofrermos derrota.

Josué com Israel não cuidou que a vitória em Jericó foi decorrente de um combate em circunstâncias especiais, onde não foi necessário utilizar armas nem força; tão somente praticou-se a palavra ordenada por Deus. Fascinado pela experiência vitoriosa, não vigiou e por isso não percebeu que após a vitória consumou-se ali o pecado da desobediência à palavra de Deus, por parte de um israelita que, sob usura, lançou mão de algo que mesmo sendo de grande valor e utilidade, estava inserto nas proibições estabelecidas na palavra de Deus: Era despojo de Jericó.

A vitória em Jericó foi o capítulo inicial e já fazia parte do passado, e como tal, devia ser considerado como um fato histórico fruto do poder outorgado por Deus para enfrentar àquela situação específica. Ai, era um capítulo novo, um novo desafio, uma nova dificuldade para a qual devia Josué e o povo buscar em Deus uma nova palavra orientando como enfrentá-la. Por não buscar a orientação da palavra de Deus, o povo fraquejou e foi derrotado; Josué ficou profundamente abalado!

Também hoje, Deus coloca à nossa frente novas situações com dificuldades diversas que ensejam novos desafios; não para que os enfrentemos com base em nossas experiências passadas, ainda que bem sucedidas, como se já tivéssemos obtido a perfeição ou como se já fossemos autos suficientes; mas ao contrário, para que tenhamos sempre novas oportunidades de buscarmos a luz de Sua palavra e invocá-Lo em nosso socorro.

É necessário esquecermos o que ficou para trás, pois as experiências passadas quando reiteradas no presente ou futuro como uma prática habitual, acabam se tornando tradição. Tomemos como amostra a conduta do apóstolo Paulo ao dizer: "esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". Isto reflete verdadeira busca de novas experiências com Deus e uma plena dependência para com a Sua palavra.

Se quisermos ter novas experiências com o Senhor, precisamos deixar as velhas experiências armazenadas no estoque. Assim, a cada nova situação devemos ter um novo contato com Deus, um novo invocar, uma nova busca sincera da palavra do Senhor para recebermos nova orientação de como agir.

Vencido em Ai, Josué percebeu, ainda que tardiamente, que de fato não havia consultado a Deus, o que equivale a ter se descuidado da fidelidade à Sua palavra. Humilhou-se então Josué, reconheceu a derrota e sua impotência diante daquele povo; então retomou o caminho da comunhão com Deus. Ao prantear e implorar socorro, Deus o ouviu e outra vez dirigiu-lhe a palavra. Ao por em prática a palavra que Deus lhe dera, Josué, com muita facilidade logrou vitória sobre Ai.

Este fato nos leva a perceber que Deus não atende aos que agem fora de sua palavra, ainda que se diga estar fazendo uma obra para Deus, e que aparentemente seja boa. Não. Deus atende aos que de forma quebrantada se humilham diante Dele e que de coração puro O buscam e Dele dependem. É como diz a palavra: "... Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes. Tiago 4:6. "... porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça". 1ª. Pe. 5:5b

Rogamos ao Senhor que diante dos acontecimentos e das novas situações que estão ocorrendo hoje em meio aos irmãos, especialmente em Brasília, nos leve a todos a nos quebrantarmos em sua presença e a reconhecermos onde erramos, ainda que sejamos líderes como Josué, para termos um novo começo; desta vez, de forma vitoriosa.

É por bem percebermos que a guerra levada a efeito por Josué contra Ai representa um tipo de obra. Esta, como se depreende, feita com a melhor das intenções e sob o argumento da necessidade de conquistar a boa terra para promover a expansão do território para os filhos de Deus (O Reino de Israel). E, sobretudo, feita com base em experiência bem sucedida na conquista anterior.

Nem precisa dizer que obras tais não propiciam vitória, mais sim, reprovação de Deus. A causa da derrota para Ai foi a impureza de Israel causada pela atitude de Acã, ao desobedecer a palavra de Deus. Precisamos nos guardar, hoje, das obras impuras para que o Senhor não tenha que fazer do nosso ataque um recuo.

Vemos hoje muitos cristãos procurando adotar as práticas obreiras utilizadas no passado as quais não deram certo. Em nome do Senhor, temo por isso, pois se elas de fato estivessem sob o manto da pura palavra de Deus teriam dado certo, como em Jericó. Como não prosperaram, a exemplo de Ai, havemos de nos acautelar quanto a elas, para não afirmarmos tratar-se de algo promovido segundo a palavra de Deus. É, pois, temerário que se torne a adotá-las, ou com elas coninvir, caso alguém as pratiquem.

Podemos perceber que a nossa vitória não se dá de uma vez por todas, mais sempre e diariamente; a cada nova situação precisamos nos humilhar e de coração puro recorrermos ao Senhor para, por meio da Sua palavra, nos iluminar sobre o que, quando, onde e como agir. Por certo a cada dia teremos novos desafios, como bem afirma Ex. 17:16 e 23:29; por isso devemos vigiar, para que o Senhor nos conceda a graça de sermos fieis em buscar sempre a luz de sua palavra antes de qualquer atitude, por melhor que pareça.

Rogo aos irmãos que tenhamos a humildade que teve Josué depois da primeira derrota, e assim, diante das novas situações, como as que vivemos hoje, nos humilhemos e nos quebrantemos o suficiente para buscarmos a luz do Senhor por meio de Sua palavra para, então iluminados, retomarmos o caminho da comunhão e da prática da palavra do Senhor, única maneira de obtermos vitória.

Bom exemplo nos deixou o Senhor em Ap. 2:5: "Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras;"
 
Não podemos esquecer que Josué e Israel enfrentaram um Ai; para os contemporâneos apocalipse faz menção a três Ais. Isso indica que mais do que Josué devemos permanecer atentos, vigilantes e, sobretudo, fieis à palavra de Deus, para não cairmos no enredo dos muitos encargos obreiros que embora possam parecer serem do Senhor, podem, na realidade, serem frutos da inquietude imaginativa do homem, que como Josué pode agir de maneira bem intencionada, em nome de Deus e de Bíblia na mão. Mesmo assim não significa dizer que se está fazendo a vontade do Pai. Leia-se Mateus 7:21-23.

Que o Senhor nos ilumine!

Em Cristo.

Irmão João

A CORRETA BASE DA UNIDADE

Cl 3:11 - .....Cristo é tudo em todos...........

Gostaria antes de iniciar este, fazer uma breve consideração a respeito, uma vez que tal tema é fácil de ser mal compreendido, e por isso pode gerar doutrinas diversas assim como as já existentes que tendem a ser exclusivistas, e por isso, geram a todo momento uma nova denominação, ampliando cada vez mais as barreiras e o distanciamento entre os santos membros do corpo de Cristo uns dos outros, e isso, digo em relação a todos os membros espalhados pela face da terra e não somente dos que se reúnem nos diversos grupos individuais e por isso exclusivistas. Tais doutrinas são barreiras para o entendimento amplo da base da unidade da igreja que é Cristo, este tema requer muita misericórdia do Sr. e de sua graça para que possamos humildemente nos posicionarmos adequadamente com cristãos que somos, amarmos todos os membros do corpo, independentemente de se reunirem conosco ou não.
Toda denominação provém de uma doutrina fora a dos apóstolos e por isso mesmo é religiosa. Ser denominacionado requer que se observe a prática de determinado grupo religioso. Para denominar-se alguma coisa é necessário adotar uma base doutrinária que lhes sirvam de sustentáculo, estas devem ser lógicas, racionais e possuir um mínimo de elementos bíblicos, sem os quais seria rejeitada de imediato pelos cristãos; tais doutrinas abordam um contexto religioso, ou seja, dentro de dogmas já existentes em que religiosos impulsionados por motivos diversos criam ramificações de crendices pré-existentes e por elas se enveredam e carregando diversos outros membros cativos consigo, é o que a bíblia chama de aprisco, dos quais o Sr. Quer nos tirar (Jo10:16).
As doutrinas religiosas intensificam-se à medida em que se ache de certa forma em consonância aos fundamentos de tal credo, onde deve haver um escrito-guia ou manual. Ao abordarmos o tema "A correta base da unidade", em relação ao cristianismo, diga-se de passagem, não ter absolutamente nada haver com religiosidade, apesar de o ser confundido na maioria das vezes, a frágil doutrina que tenta impor uma mística e terrenal "base" para a igreja, é cem por cento fruto de falta de luz, que desconsidera diversos versos bíblicos, pois estes, a negam de todas as formas, por isso, tal doutrina é por si só é auto-condenatória, depõe contra sí mesma, pois opõe-se diretamente ao seu próprio criador, a pessoa de seu Deus, pai e Cristo que afirma ser " tudo em todos". Diante tal negação, vê-se claramente que a brecha que dá margens à criação de mais um doutrina particular, e esta materializa o pensamento doutrinal de seu líder "terreno" e a partir daí, dar-se a criação, manutenção e quem sabe o crescimento de mais uma denominação, não pode ser levada a sério por cristãos saudáveis que laboram na palavra e não são levados pra todo lado por ventos de doutrinas diversos (Ef4:14).

Prestemos atenção aos textos a seguir:

Ef 2:23 - A igreja é o corpo de Cristo
ICo 3:10 - 15 – Paulo, como sábio construtor, pôs o fundamento.....e que este é Cristo.
Qual é a base, ela realmente existe??? Se ela realmente existe onde estaria??? Sabemos que o fundamento é Cristo, mas e a base ??
Gl 3:14 - ....pela fé.....recebemos o Espírito.
V26 - ....pela fé em Cristo somos filhos de Deus....

Cl 1:23- ......permanecer fundados/ alicerçados e firmes na fé.....

A fé aqui é claramente demonstrada como sendo a base onde deve estar alicerçada e fundamentada a vida da igreja. Esta fé é o próprio Sr. Que dentro de nós tem a função similar de útero espiritual onde Cristo está sendo formado em nós cristãos (Gl4:19). vejamos:

I Co 3:10-15 – O fundamento que é Cristo está em nós.....

Cristo é que é nossa fé, logo se Cristo é nossa fé, ele também é nossa base e nosso alicerce, assim, somente Cristo é, ele é o Eu sou, então Cristo é tanto a nossa base quanto a nossa estrutura/ alicerce. Somente a doutrina dos apóstolos que prega Cristo sendo tudo em todos é que pode nos fazer ser um, a doutrina dos apóstolos não gera denominações e nem pensamentos exclusivistas que dividem o corpo. Somente Cristo pode unir os vários membros de seu corpo, qualquer outra coisa tal como uma doutrina particular ou que apresente Cristo parcialmente só tende a dividir o corpo, e prova disso, é que tais membros excluem os demais e não sentem a necessidade de buscar comunhão, pois por meio de seus guias, são induzidos a evitar tal contato, pois sabem que comunhão trás luz e a luz vindo suas obras particulares podem ser expostas.
Cl 1:26 – Este Cristo está sendo fundado em nossa fé, ou seja, em nós, assim, a base da vida da igreja são os crente em que Deus habita, neste sentido destrói-se verdadeiramente toda a estrutura de fronteiras entre os cristãos e impede-nos de alguma forma direta ou indireta nos denominacionar, ou sermos denominacionados.
Quando Cristo é tudo em todos não procuramos partidos ou mesmo aceitamos ser atrelados a nenhuma organização, queremos Cristo como nossa base, fundamento, material e construtor, é assim que poderemos ser chamados cristãos (At11:26), sem nenhum fermento ou má interpretação bíblica; o verdadeiro cristão não reconhece na vida da igreja nada além de Cristo, pois nada ou ninguém pode substituir Cristo que tudo é e em todos em nossa vida, assim, vamos direto á palavra e o próprio Sr. nos instrui por meio de seu Espírito, quando cada parte, aí sim, pode funcionar como convém, todos ganhando encargo da palavra, leitura Bíblica, o profetizar, guardar os santos, cuidado mútuo etc... todos somos responsáveis e todos nos alegramos no Sr. Jesus, não existindo a pessoa física do sacerdote único pois todos servimos igualmente no Santo dos Santos como reino e sacerdotes ungidos (IJo2:20;27 – a unção que recebemos nos ensina todas as coisas) pelo Sr. Que somos (Ap1:5-6).
Edificar é gerar interiormente o Cristo, que está plantado como uma semente em nós.
IJo 3:9 – Cristo esta plantado como a semente de Deus em nós.....
Gl 4:19 – Cristo está sendo formado em nós.....
Ef 4:15 – Temos de crescer em Cristo....
Fp1:1-9 – Temos de crescer em vida......
Cl 1:27 – Cristo em nós a esperança da glória.....
At 4:12 – Não há outro nome pelo qual importa sejamos salvos........
Gl 2:19-20 - ...já não sou eu quem vive mas Cristo vive em mim....
2Co13:5 - ...Cristo está em nós....
Rm 7:6 – somos libertos para servir no novo modo, no espírito...
Rm 1:9 – servir em meu espírito...
2Co 3:6 – O Espírito vivifica...
ICo 6:17 - ...unir-se ao Sr. é ser um espírito com Ele....
Ef 1:22-23 – A igreja é corpo de Cristo...
ITm 3:15 – A igreja é a casa do Deus vivo.....
At 7:48 – Deus não habita em templos feitos por mãos humanas.............

Ef 3:17 – Cristo habite pela fé em nossos corações, que estejamos arraigados e fundamentados em amor.....

Sabemos que a base de alguma coisa é o próprio lugar onde você a coloca, aquilo é a base. Quanto à igreja, nossa base é Cristo, o autor e consumador de nossa fé, Cl 1:23- ......permanecer fundados/ alicerçados e firmes na fé..... alguns podem dizer que a base da igreja deve ser a doutrina que segue, ou o terreno onde a igreja se encontra, lembramos que tal doutrina por negar Cristo que tudo é, é demoníaca pois tende a desvalorizar o que Cristo fez e é para a sua igreja e corpo. Tal turva visão é uma brecha para o surgimento de mais uma doutrina exclusivista que só propicia mais uma forma doutrinal de promover a divisão do corpo, onde seus membros são mantidos em cativeiro, recebendo uma dieta alimentar de alguém que diz ter ruminado e regogitado/ vomitado tal suprimento, que só lhes garante o mínimo de todo um suprimento infindável que é Cristo, não lhes proporcionando a riqueza que Cristo é; os seguidores de tal doutrina são impelidos a evitar a comunhão com demais irmãos e membros do corpo, pois se sentem edificados em sobre a areia, temem o alimento sólido do Espírito (Hb5:12-14), não se sentem capazes e nem necessitados de uma comunhão saudável (Ico3:1-9), pois lhes falta a liberdade que o Espírito dá, esta situação os convergem a Laodicéia que não se sente necessitada de mais nada, está satisfeita com o que têm e rejeita o Espírito, apesar de estarem fracos.
Mt16:13-18 - ....tú és o Cristo....e sobre esta pedra edificarei a minha igreja.....
At 7:49b - .....que casa me edificareis??? Diz o Sr....
At 20:32 - ....é Deus quem, pode idificar-nos.....

Rm15:20 - ..... não edificar sobre fundamento alheio.....

Se dermos sequência na edificação sobre fundamento alheio poderemos incorrer no erro de edificar fora de Cristo, que não gera Cristo em ninguém, nos tornando estéreis, Obs: a maioria dos santos que comungam esta doutrina não possuem frutos. Ter a fé fundada em alguma coisa qualquer que não seja Cristo é heresia, e se Cristo não for nossa fé, ou seja, nossa base, equivale a estarmos edificando com madeira, feno e palha sobre areia, que não resiste ao vento impetuoso do espírito (At 2), que vêm nos dar poder para a pregação do evangelho e nem ao fogo consumidor no teste do Sr. quanto à nossa obra como membros. Toda doutrina que não seja a dos apóstolos ruirá na presença do Espírito Santo.
Hb 3:3 - ...o edificador tem mais honra que a casa....
V4 – O que edificou todas as coisas é Deus
Hb7:19 - ...a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma ....
Embasar-nos na velha aliança para afirmar que por causa de Jerusalém ainda temos de considerar o terreno físico como a base para a o viver prático da igreja hoje na era do Espírito é um enorme engano e heresia, Cristo é nossa Jerusalém espiritual, hoje a igreja nada tem haver com coisas físicas. A unção do Sr. vem sobre sua própria cabeça até alcançar-nos, seus membros, esta unção é benção do Sr. o orvalho corresponde ao lugar de habitação, hoje Deus habita nos corações dos seus fiéis. Tanto a unção quanto o orvalho nos vêm por meio da graça que também é Cristo. O Espírito é a própria unidade e podemos mantê-la pois já o possuímos(Jo17:11; Ico12:3). A unção e o orvalho são para o corpo de cristo, em nada tem haver com o aspecto localista, quem está em Cristo nova criatura é, e desfruta automaticamente por meio da graça, tanto da unção quanto como do orvalho, que são atributos de cristo, O Ungido.
Não nos basta queremos edificar sobre a base adequada que é o próprio Sr, como nossa fé, mas também temos de estar edificando com Cristo como o fundamento e materiais adequados, ouro, prata e pedras precisosas, e também com Cristo como O prudente construtor, desta forma Cristo é tudo em todos, Ele é tanto a base pela fé, o fundamento, a estrutura e também é O prudente construtor, Cristo é tudo, é o terreno, é o material e é o administrador.
Nesta forma Bíblica de vermos a vontade de Deus, podemos afirmar que: As divisões são provenientes da falta de uma visão pura sobre o Cristo que tudo é, tais crentes preocupam-se com a condição da igreja, as práticas, as doutrinas e o terreno físico (cidades), sem contudo ver que Cristo é tudo e todos. Este cristo todo inclusivo e não exclusivo, é o Cristo o qual os verdadeiros adoradores buscam com um coração puro e Deus os abençoa.
Se crescemos em vida deixamos as doutrinas de dissensão e discriminação, nos apegamos a Cristo e chegamos à unidade da fé, que só Cristo pode nos levar(Jo17:11-26). A igreja em Cristo é que é a expressão prática da igreja e não devemos insistir em nada além de Cristo como nossa fé.
Rm 14: 1-6 – Para mantermos a unicidade do corpo de Cristo, devemos ter atitude liberal para com os outros sobre questões gerais de discordância.
A unidade da igreja não é nada mais que o Deus triuno, o próprio Deus em seus três aspectos, Deus pai, filho e Espírito Santo dispensando-se para dentro de nós para que unindo-nos para formar seu corpo.
2Co 5:17 - ....se alguém está em Cristo, é nova criatura....
Onde Vc cristão está fundamentado ???? em Cristo que tudo é, ou numa doutrina que tende a inibir o real campo de atuação do Sr. Jesus??? Esperamos que todos os santos pela face da terra tenham em mente que o Sr. é tudo para nós, é nossa fé, é nossa base , é nosso fundamento, é os materiais que edificam, é tudo em todos, não só em algum lugar ou em alguns.
Só Cristo pode unir seus muitos membros espalhados pela face da terra, sem a base que é Cristo esta união permaneceria uma utopia, pois somente Cristo em suas diversas formas de manifestação é capaz de unir-nos, nada além de cristo une os seus muitos membros espalhados pela face da terra, só em Cristo que tudo é temos condições e liberdade do Espírito para chegarmos à unidade do corpo.
Devemos estar abertos a comunhão com todos os membros do corpo sem rejeitar nenhum, só Cristo nos interliga, ao passo que as doutrinas, sejam elas quais forem, só tendem a dispersar os membros do corpo, as doutrinas fora a dos apóstolos só podem dividir, nunca servirão para unir os vários membros do corpo espalhados pela face da terra.
Gl6:15 – em Cristo nem a circuncisão e nem a incircuncisão tem valor algum, mas sim o ser nova criatura.
A nova criatura não compactua em perpetuar a divisão do corpo de Cristo, e o tema como sua única e universal base e fundamento.
Hb 3:1 – Santos irmãos .......considerai a Jesus, o Apóstolo e Sumo Sacerdote da nossa confissão.