sábado, 19 de fevereiro de 2011

CRESCIMENTO EM VIDA

“Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o filho , e crer nele, tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia”. Jo. 6:40. “E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu filho”. 1 Jo. 5:11. “E o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco”. 1Tes. 3:12.até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estarua de Cristo”. Ef. 4:13.

Todos nós, os que cremos, recebemos dons.  O primeiro, o dom inicial,  é intrínseco, ou seja, é infundido dentro de nós e passa a fazer parte de nosso ser interior. Este dom é a vida. A vida então precisa crescer, para que possa ser notada, isto é, manifestada por meio do viver.

O Senhor Jesus ao ser concebido tinha em Si a vida incriada de Deus. Ele era o próprio Deus. Ainda assim, Ele foi para Nazaré, onde até os 30 anos, viveu. Na realidade, o que Ele fez ali foi ser separado para, antes de iniciar seu ministério terreno, crescer em vida* tendo um viver segundo a vontade do Pai. Nós, se quisermos crescer em vida* precisamos também ser separados, santificados. A palavra Nazaré significa verdejante, logo, o que o Senhor fez ali foi verdejar, ou seja, se encher do verde que representa a vida. Ele mesmo se considerava verde, ao dizer referindo-se a Si mesmo: “Porque se ao lenho verde fazem isto, o que se fará ao seco?” Lc. 23:31.

Porque Ele era crescido em vida, pode então, vencer as tentações no deserto. Pode levar a cabo Seu ministério, e ainda, suportar a cruz. Por outro lado, porque era crescido em vida, Ele pode agir como o Bom Pastor. Tornou-se além de pastor, o alimento para as ovelhas. O salmo 23 diz: “O Senhor é o meu pastor;  nada me faltará. Ele me faz repousar em pastos verdejantes”. Ser um nazareno é ser um verde, alguém que manifesta a vida de Deus, o dom intrínseco, de maneira extrínseca, ou seja: expressa, em seu viver, a vida de Deus que está dentro dele. Este é o mistério da piedade: Deus manifestado na carne.  Se a vida é tão pequena que ainda está oculta, não poderá ser vista. Mais para que a vida cresça, é necessário alimento. Pastos verdejantes. Este pasto é o próprio Senhor do qual podemos nos alimentar hoje, por meio da palavra e do desfrute de Sua graça, na comunhão dos santos. Aleluia! Ele é o pastor e o pasto!

O que dá a cor verde ao pasto é a seiva. A seiva é o elemento que circula na planta. Logo é a natureza da planta. Ela é quem dita a cor da planta. Mais seiva, mais verde! Mais a natureza se expressa! O pasto seco, não serve para alimento porque é morto. Não tem cor. Não há nele qualquer circulação da natureza da planta. Neste caso, recomenda-se adubo para alimento e água para refrigério. No salmo 23, é dito que o Senhor nos leva para as águas tranqüilas, onde somos refrigerados. Se estamos ressecados, ainda podemos obter clorofila: vamos às águas do espírito e babamos de Cristo.

Se também queremos ter um viver cristão normal, precisamos ser Pastor, para guardar os irmãos em amor, e Pasto para servir de alimento para eles. Isto implica em sermos verdes. Cheios da natureza de Deus.

A vida divina – o dom gratuito de Deus - que está em nós tem essência, natureza e expressão. Assim como a vida humana, tem essência, natureza e expressão.

A essência da vida divina é o Espírito. Esta não cresce, pois já é infinitamente grande, a ponto de ser eterna. É o próprio Senhor, O Espírito, dentro de nós.

A Natureza Divina é Amor. Esta sim, deve crescer sempre até que cheguemos à estatura do varão perfeito. Eqüivale  a termos o mesmo amor que teve o Senhor.  Neste estágio cumpriremos o grande mandamento da Lei: Amaremos a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos de maneira que, se necessário for, iremos até ao calvário. Quando assim agirmos, certamente todos verão algo diferente em nós. Este algo é o viver. Isto é, o testemunho da vida.  Mostra que Deus habita em nós e está sendo manifestado. A natureza é o elemento inato que dá mobilidade ao ser. Assim a natureza é o elemento que faz a vida  se movimentar, ou agir. Por isso tudo o que o Senhor fez foi com amor. Era o amor (A Natureza Divina) que fazia Ele se movimentar. Isto era visto e atraia as multidões atrás de Si.  Se quisermos crescer até que a vida seja manifestada em nós, precisamos agir sempre com amor. Assim atrairemos as pessoas para Cristo. Qualquer ação ou omissão nossa, que não seja motivada por amor, ainda que pareça boa, não agradará a Deus, por não ter origem em Sua natureza. Será prejudicada pela sua origem e será considerada iniquidade. Paulo disse em 1ª Co. 16:14 “Todos os vossos atos sejam feitos com amor”. (Chamo a atenção para a palavra todos)  Em outras palavras: devemos fazer tudo motivados pela Natureza Divina. Toda vez que a exercitamos para fazer algo, mais amor nós experienciamos e mais cresce este amor em nós. Quanto mais cresce, mais se torna visível: isso é glória para o Senhor. Deus glorificado é Deus visto, é Deus manifestado.

A manifestação da vida Divina, é Luz, é Glória. Ao vivermos de modo digno, sempre exercitando o amor (Natureza Divina) Deus é glorificado e manifestado em nós. O Senhor Jesus Cristo é a expressão máxima de Deus. Deus era visto em seu viver. Ser cristão não é meramente seguir a Cristo, mais é também ser ungido para viver Cristo. Viver Cristo é expressar Deus em nosso viver, por meio de fazer a Sua vontade.

Este viver é que nos leva a sermos vencedores e quando da manifestação do Reino, na vinda do Senhor, entrarmos no Seu gozo e com Ele reinarmos. O Reino é para os vencedores. Os vencedores são os que fazem a vontade do Pai. São aqueles que por se amarem mutuamente se tornaram um corpo: O corpo de Cristo.

Nos dias do Senhor na terra o Corpo de Cristo era Jesus. Nele estava o Cristo de Deus. Para isto Ele verdejou!  Hoje o corpo de Cristo é a igreja que se junta e funciona em amor. Os vencedores, pois, não são a igreja apenas como família de Deus, mais igreja como o Corpo de Cristo. Ser a família é ter a mesma vida, a mesma essência divina: isto é pela graça.  Ser o corpo é ter o mesmo viver, o mesmo funcionar, segundo a natureza divina: isto é por amor.  Este viver  será possível se  negarmos a nós mesmos, rejeitar o nosso ego, para, então, amarmo-nos mutuamente, no amor do Senhor.  Em resumo: a essência Divina é para a igreja como família; a natureza Divina é para a igreja como o Corpo de Cristo. O corpo é a expressão visível do Senhor.

Os vencedores são, portanto, os que fazem a vontade do Pai, isso implica em irmos para Nazaré, -(Mt. 2:22-23)- um lugar que mesmo sendo desprezado em razão de sua localização, estava separado de Jerusalém, e da elite da tradição religiosa. A humildade e a simplicidade de Nazaré, é um dos adubos que devemos usar pois faz a vida crescer. A distância de Jerusalém (religião) é a sebe que nos separa:  verdadeira proteção para que a vida não seja tocada, e possa crescer. O amor se manifesta na simplicidade.  Por isso o Senhor nos mandou ser simples como as pombas. 


* Crescer em natureza. O que já era santo santificou-se mais ainda,  por amor.

No amor do Senhor.

Irmão João.

Um comentário:

  1. O título certo para vocês deve ser CRESCIMENTO SEM VIDA!!!!

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