sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Como Foi nos Dias de Noé...

Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do homem. (Mt 24:37) Nos dias de Noé, as pessoas comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, quando,repentinamente, veio o dilúvio. Quando Noé entrou na arca, o dilúvio começou e todos foram levados. Comer e beber, casar-se e dar-se em casamento são coisas legitimas. Não há nada de errado nisso, mas essas coisas não podem tornar-se o objetivo da vida. Se você faz do comer e beber, casar-se e dar-se em casamento o alvo da sua vida, então algo está errado, e muito errado.

Pense nos dias de hoje: casando-se e dando-se em casamento; gente casando pela sétima. Estes são os dias de Noé. E assim será a vinda do Filho do homem. O que o Senhor quer dizer quando usa esta expressão “comento e bebendo, casando-se e dando-se em casamento”? Ele quer dizer que as pessoas eram muito materialistas, muito ocupadas com as coisas do mundo e que elas não tinham qualquer interesse em coisas espirituais. Elas não pensavam a respeito do bem estar de suas almas. Elas eram completamente terrenas e mundanas, quando repentinamente, Noé entrou na arca. Deus disse a Noé: “Entra na arca”. A frase “entrou na arca” (Gn 7:7) de acordo com o contexto, não se refere às pessoas que serão guardadas ao passar pela Grande Tribulação. Na verdade, a expressão significa ser tirado para fora da tribulação, Você precisa ler o contexto para entender isso. Desse modo, quando Noé entrou na arca, então veio o dilúvio.

A palavra “então” (Mt 24:40) é uma palavra chave muito importante. “Então” quer dizer “naquele tempo”. No momento em que Noé entrou na arca, e o dilúvio estiver para vir, “então” dois estarão no campo: um será tomado e o outro será deixado. Duas mulheres estarão trabalhando no moinho: uma será tomada e outra será deixada. Se você adicionar o texto de Lucas 17:34, outros dois estarão na cama, dormindo. Portanto, você encontra aqui dois dormindo na cama, dois trabalhando no campo e dois trabalhando no moinho. Isso não quer dizer que haja seis pessoas. O que o Senhor quer nos dizer é que existem duas pessoas, e dois é o número do testemunho, o qual representa os cristãos, os crentes verdadeiros estarão vivendo no tempo da parúsia.

Já dissemos em outra oportunidade que o número da igreja é tanto sete como doze. Nós temos as sete igrejas da Ásia em Apocalipse 2 e 3. Contudo, sete representa uma perfeição temporária, restrita a esta era em que vivemos. Já o numero doze representa a perfeição eterna. Desse modo, em Apocalipse 21, a cidade santa, a Nova Jerusalém, é marcada pelo número doze: doze portas, doze fundamentos. Nos textos de Mateus 24:40 e 41 e Lucas 17:34, temos apenas o número dois. Onde estão os dez que faltam? No capítulo 25 de Mateus encontramos as dez virgens. A parábola das dez virgens, mais o número dois dos textos acima referidos completam o número perfeito.

Qual é a diferença entre as dez virgens e os dois crentes? Os dois crentes são aqueles que estarão vivos no tempo da parúsia, ou da vinda do Senhor, enquanto as dez virgens representam aqueles que morreram em Cristo.

Tradicionalmente, nós dizemos que as cinco virgens prudentes representam os crentes e as cinco imprudentes representam incrédulos. Contudo, as Escrituras nunca descrevem um incrédulo como uma virgem. Um incrédulo é um adúltero ou adúltera. Somente aqueles que são lavados pelo sangue do Cordeiro são virgens. Em 2 Coríntios 11:2, Paulo diz: ...mas tenho preparado para vos apresentar como virgem para um só esposo, que é Cristo. Todas estas virgens dormiram. Dormir aqui não se refere ao sono normal que é de cerca de oito horas e, para alguns, somente quatro horas. Este sono refere-se à morte devido à demora do Senhor. Estas pessoas estavam esperando pelo Senhor no primeiro século, mas porque Ele não veio, elas morreram. Outros estavam esperando pelo Senhor no século II, mas o Senhor não chegou e eles morreram. Portanto, as dez virgens representam aqueles que morreram em Cristo Jesus, mas serão ressuscitados dentro os mortos quando a voz se fizer ouvir. Você coloca-os todos juntos (as dez virgens e os dois crentes) e obtém os doze.

Como você sabe, a terra é redonda. Por causa disso, quando o arrebatamento ocorrer, alguns estarão dormindo já que numa parte do mundo será noite. Alguns estarão trabalhando no campo porque será por volta do meio-dia, enquanto outros estarão moendo o grão cedo pela manhã (as mulheres naqueles dias trabalhavam no moinho de manhã cedo). Isto nos mostra que a terra é redonda. Então, repentinamente, o Senhor virá como ladrão. Um será tomado e o outro deixado. A palavra “tomado” aqui é “paralambano”, usada 52 vezes nas Escrituras. Algumas vezes ela é empregada no bom sentido, outras vezes no mau sentido. Você precisa ler o contexto para determinar o sentido.

Gostaria de perguntar algo a você: quando um ladrão entra em sua casa, o que será que ele vai roubar? Será que ele roubará o seu lixo? Se fosse assim, eu gostaria que ele viesse todas as noites. O que nos surpreende é que quando ladrão vem, ele parece saber por instinto onde o tesouro está escondido. Ele irá até o seu tesouro. Você pensa que será diferente com o Senhor? Porventura o Senhor vai tomar o lixo para Si e deixar o tesouro? É claro que não! Ele tomou uma daquelas duas pessoas para si. Sem dúvida, aquele que foi tomado pelo Senhor é aquele que lhe é precioso. Contudo, externamente não há diferença entre eles.

Não fique com medo de ir para a cama dormir esta noite. Algumas pessoas dizem que, porque o Senhor está voltando, eles não ousam sequer dormir. Eles dizem: “Se o Senhor vem e eu estou pregando, graças a Deus. Aleluia! Eu serei arrebatado”. Não necessariamente. Siga sua vida normalmente. Se já é noite, vá dormir. Siga cumprindo seus deveres normalmente. Se está amanhecendo, vá moer o grão para a refeição. Siga cumprindo suas responsabilidades rotineiras: vá para o campo e trabalhe. Hoje em dia algumas pessoas dizem: “Já que o Senhor está voltando, qual é o sentido de fazer qualquer coisa?” Isto não está certo. Siga em frente, viva uma vida normal. Contudo, há uma diferença. Externamente, se você observar os cristãos, você não notará qualquer diferença. Você irá descobrir que todos vão à igreja aos domingos. Talvez todos levem suas Bíblias consigo. Muitos nem mesmo se preocupam com isso, pois a igreja providencia as Bíblias para eles. Externamente, você não nota a diferença, e não tente julga-los, pois não há diferença; ambos estão moendo – não há diferença; ambos estão trabalhando no campo – não há diferença. Contudo, o Senhor sabe quem o está aguardando e quem não está; quem está vigiando e quem não está; quem está vencendo e quem está sendo vencido. O Senhor sabe. Que grande surpresa será!

Queridos irmãos, tudo isso pode acontecer a qualquer momento. Não diga que o Senhor está retardando a Sua vinda. Ele pode vir a qualquer momento, mas Ele virá como ladrão. Você está pronto para Ele? Será que você é digno de ser tomado? Ou será que você será deixado para trás? Temo que haverá grandes surpresas. Muitas pessoas pensam: “Certamente aquela pessoa será tomada”, todavia ela será deixada. Muitos irão pensar: “Aquele ali será deixado”, mas ele será tomado. Não fique tão certo assim a respeito de si mesmo. Se você pensa que está pronto, estão você não está pronto. Mas se você realmente pensa que não está pronto, então pode ser que você esteja pronto. Por essa razão o Senhor diz: “Portanto, vigiai”. É por esses acontecimentos que nós estamos esperando e, quando eles ocorrerem, você saberá que a presença do Senhor é chegada.

Irmãos, eu tenho estado em conflito com relação a este assunto, pois não quero passa-lo a vocês como um conhecimento acadêmico. Sabemos que as pessoas estão interessadas no arrebatamento, mas aquilo que realmente as interessa é a interpretação do arrebatamento. Eu espero que vocês não estejam interessados na interpretação, mas que o interesse de vocês estejam no arrebatamento em si. Qualquer interpretação que nos ajude a estar mais vigilantes e melhor preparados será proveitosa, porém o simples fato de defender uma interpretação não significa nada. Irmãos, o que é importante e o que estamos aguardando é a parúsia do Senhor. Se você o ama, você anseia que Ele esteja presente. Ele tem estado ausente por tanto tempo e, graças a Deus, Ele irá satisfazer nosso coração que por Ele anseia. Mas você sabe que mesmo antes de deixar-nos, o Senhor nos que disse que voltaria para tomar-nos para Si? Em outras palavras, há anseio no coração do Senhor Jesus pela noiva. Desde o dia em que partiu, o Senhor está ansiosamente esperando pelo momento que poderá tomar a Sua noiva para Si.

O arrebatamento é o anseio do coração de Cristo. Ele anseia por receber-nos. Ele anseia por tomar-nos para Si para sermos Sua noiva eterna, mas infelizmente não estamos prontos. Por isso, irmãos, nós precisamos ter o coração de Cristo. Assim como Ele anseia por nós, que nós ansiemos por Ele. Precisamos ter o espírito do arrebatamento, e não apenas o conhecimento do arrebatamento. De que adianta o conhecimento se você for deixado?

Precisamos ter esse espírito do arrebatamento. O que é o espírito do arrebatamento? É um espírito no qual mesmo que você ainda esteja aqui na terra, seu coração já está lá no céu. O Senhor Jesus disse: “Ora, ninguém subiu ao céu, senão aquele que de lá desceu, a saber, o Filho do Homem que está no céu” (Jo 3:13). Mesmo quando o nosso Senhor estava na terra, Ele estava no céu. Este é o espírito do arrebatamento. Será que estamos tão ligados à terra que quando o Senhor vier, estaremos tão pesados, tão enraizados que Ele não poderá nos tomar? O trigo tem que secar para ser cortado. Será que estamos secos com relação à terra? O nosso coração já está no céu? Acaso vivemos diariamente no espírito do arrebatamento? Se isso acontecer, então eu creio que terá sido válido compartilhar estas coisas. Caso contrário, terá sido apenas vaidade.

Vamos completar a cena que estávamos visualizando no capitulo 12 de Apocalipse. O filho varão (aquele que foi tomado) é arrebatamento para o trono. Então, os que são tomados formam a vanguarda que prepara o caminho para a vinda do Rei. Os ares constituem o quartel general do príncipe deste mundo. Todavia, como esses vencedores já o venceram em sua vida diária, eles podem abrir caminho através do quartel general do inimigo e alcançar o trono. Eles são o grupo de boas vindas. Eles vão até lá para trazer o Senhor do trono até os ares. Por essa razão, Miguel e seus anjos irão pelejar contra Satanás e seus seguidores nos ares e Satanás será lançado sobre a terra, inicia-se a Grande Tribulação. Aqueles que são deixados para trás terão de sofrer, mas graças a Deus, será mais uma oportunidade. Se você não está disposto a ser disciplinado hoje, o Senhor lhe dará uma nova oportunidade de ser disciplinado durante a Grande Tribulação. Quando a tribulação terminar, a colheita estará pronta. Então você descobre que, ao soar da trombeta, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e aqueles que vivem e ficarem serão transformados e arrebatados juntos até os ares para lá encontrar com o Senhor. Isto é arrebatamento. Irmãos, vocês anseiam por ser arrebatados? O quanto antes melhor, não por nossa causa mas por causa dele. Possa o Senhor nos ajudar.

Oremos:
Amado Senhor Jesus, mesmo antes da Tua partida, Tu prometeste que voltarias para nos receber para Ti mesmo. Mas Senhor, Tu tens esperado por dois mil anos e nós ainda estamos aqui. Senhor, como desejamos poder satisfazer o Teu coração de modo que estejamos prontos para Ti, de modo que apressemos o Teu retorno para que possa nos ter para Ti mesmo e, assim satisfazer o anseio do Teu coração. Senhor, não permitas que sejamos indiferentes; não permita que estejamos voltados para esta terra; não permita que pensemos que o nosso Senhor demora-se; mas que possamos viver diariamente no espírito do arrebatamento. Pedimos isto no Teu precioso nome. Amém.Autor: Stephen Kaung
Extraído do livro "O Rei Está Voltando" do irmão Stephen Kaung da Associação de Literatura Cristã

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sobre Santos e Mundanos

“Não ameis o mundo nem as coisas que há no mundo. Se alguém amar o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15)
 
Boa parcela de cristãos costuma fazer certa confusão quando se refere ao “mundo”. Embora a bíblia use sempre o mesmo vocábulo (kósmos), é preciso reconhecer os seus diferentes significados: há o “mundo”, globo terrestre, que inclui toda obra da Criação, a humanidade e suas gentes, e há o “mundo” entendido como perversão de valores, lugar de trevas e engano. Mundo, então, neste sentido, é a ideologia vigente que se rebela ao Eterno, e leva a tragédia à existência humana. Quem vive sob esta ótica não tem como amar a Deus, pois se tornou escravo do sistema e o seu “eu” é o seu próprio deus.
 
A bíblia alerta: “não ameis o mundo” (ideologia), mas diz que “Deus amou ao mundo” (pessoas).
 
Geograficamente, o cristão está “no” mundo, embora não seja “do” mundo, e Jesus roga ao Pai para que não tirasse os seus filhos do mundo, mas que tão somente os guardasse do mal (Jo 17.15)
 
Mundo-perversão não é necessariamente um lugar geográfico, mas ele sempre surgirá onde predominam pensamentos, atitudes e posturas contrárias ao Evangelho. Até a igreja pode ser mais “mundo” que o mundo se os seus valores estiverem invertidos. Disputa pelo poder, busca de sucesso e glamour, espírito de competição, e satisfação de interesses pessoais, sempre nascem de uma visão “mundana”. Quando Lutero tentou evadir-se das mazelas da sociedade do seu tempo, se refugiou num mosteiro, mas logo percebeu que “o mundo” estava presente ali tanto quanto lá fora.
 
Pode um cristão compartilhar da amizade e companhia de pessoas “do mundo”? Claro, o mundo é o nosso campo de atuação, é onde a luz precisa brilhar, e o sal salgar. Jesus, orando ao Pai, disse: “Assim como Tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo” (Jo 17.18).
 
Quando Paulo escreve: “não vos associeis com os impuros” (1Co 5.9) significa: “não comungueis com as ideias e posturas que não correspondam aos valores do Reino”. Ou seja, viva no mundo, mas não se prenda à valoração deste mundo. Não manter contato com “impuros” seria impossível, pois senão “teríeis de sair do mundo” (1Co 5.10), finaliza o apóstolo.
 
Interessante, como um Jesus inegavelmente santo, vai às festas que o convidam, não se importa com a fama de quem ele se senta à mesa, dá de ombros quando é chamado de “glutão e beberrão, amigo de pecadores” (Lc 7.34), e não faz acepção de pessoas. Em tudo isso ele não se maculou.
 
Um aspecto que a igreja às vezes tem dificuldades em admitir, é de que Deus além de ter amado o mundo de tal forma que enviou o Seu Filho, Ele também outorga as suas bênçãos a todas as pessoas, independentemente delas aderirem à fé ou não. É a “graça comum”, que embora não conduza à salvação de seus recebedores, é concedida pelo Pai que “faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos” (Mt 5.45). “O Senhor é bom para todos” (Sl 145.9), ensina o salmista.
Eric Lidell, campeão olímpico nos 100m em 1924, no filme Carruagens de Fogo disse: “Creio que Deus me fez para um propósito, mas Ele também me fez veloz, e quando eu corro, sei que agrado a Deus”. Mais tarde ele diria que “desistir de correr, seria despreza-Lo”. Depois Lidell tornou-se missionário e terminou seus dias num campo de concentração na China aos 43 anos.
 
É de Deus que vem todo talento e destreza nas artes em geral, na música, no cinema, teatro, esportes, na literatura.... Tudo que é belo, tudo o que é bom, e todo dom perfeito vem do Alto (Tg 1.17). Por vezes, muitos incrédulos são até mesmo mais aquinhoados com talentos que os próprios cristãos confessos, pois “os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz” (Lc 16.8).
 
Só assim é possível entender porque há tantas coisas boas na vida, produzidas por gente do “mundo”. Os versos de Pessoa, a voz limpa e clara da Ana Carolina, as canções do U2, o vozeirão rouco do Louis Armstrong, os dribles do Neymar, a guitarra do B.B.King, os girassóis de Van Gogh, a genialidade do Bill Gates, e tudo o mais que há de belo e perfeito tiveram origem em Deus. Origem em Deus, eu repito – e não no diabo – ainda que estes não reconheçam nem glorifiquem ao Eterno.
 
Agora, quem não é capaz de ver beleza nestas coisas, duvido que aprecie o que verá no céu, pois na Nova Jerusalém os reis da terra apresentarão a Deus a glória que possuem e a honra das nações (Ap 21.24-26). Creio que lá estarão presentes o acervo do Louvre, do Masp e a metade de Florença com suas pinturas e afrescos.
 
Há coisas que estão no mundo, mas não são “mundanas”. Por isso, enquanto puder quero continuar levando meu filho ao estádio, assistir filmes que emocionem, dar muita risada com o Jim Carrey, gastar dinheiro com livros, ler a Folha e o Estadão enquanto tomo café, comer churrasco com a família reunida, e descansar janeiro na praia, sem fazer nada...., pois “nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se?” (Ec 2.24-25).
 
Pr. Daniel Rochadadaro@uol.com.br
 

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Sobre políticos e políticos: Existe uma geração!

By Josimar Salum

Não somente eu, mas muitos homens de Deus, já haviam constatado que não somente tinhamos chegado ao fim da “Era Protestante” como também ao fim da “Era Evangélica.”

O fim da Era Evangélica foi acelerado pelo surgimento dos "fenômenos religiosos neo-pentecostais" e o abandono da Palavra de Deus como única referência da vida "cristã." Os fins justificam os meios. Os meios almejam fins que de longe passam da vida e do relacionamento genuínos com Jesus. As denominações tornaram-se empresas e nos Estados Unidos viraram clientes de "experts" em crescimento eclesiástico, com suas pesquisas científicas e seus conhecimentos de consultoria e recursos humanos.

O que valeu mesmo no meio evangélico, que desmoralizou o movimento, foi a falta de respaldo de vida para aquilo que se pregava. Muitos pregadores famosos e de campanhas de massa colaboraram aceleradamente para o fim da referência dos evangélicos como gentes de testemunho e caráter.

Pregar e não viver resultou na perda da reputação e da credibilidade. E a mercantilização da fé aliada à disseminação de heresias, à avareza e às palavras fingidas culminou neste capitalismo evangélico-protestante de muitos pregadores e representantes que prometem a liberdade, mas são escravos da corrupção.
"E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.

E muitos seguirão as suas dissoluções, pelos quais será blasfemado o caminho da verdade.

E por avareza farão de vós negócio com palavras fingidas; sobre os quais já de largo tempo não será tardia a sentença, e a sua perdição não dormita.

Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das trevas eternamente se reserva.

Porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne, e com dissoluções, aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro, Prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos são escravos da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se também escravo." (2 Pedro 2:1-3, 17-19)

A Igreja que as portas o inferno não podem prevalecer não é a “igreja evangélica”. Definitivamente. A igreja evangélica é religiosa, impura, corrupta, repreensível e mundana.

A Igreja é pura - foi purificada pela Palavra. É gloriosa, sem mácula, sem ruga nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível. Alimentada e sustentada pelo Senhor da Igreja, Jesus Cristo, a Igreja segue vitoriosa e triunfante.
"Vós, maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,

Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,

Para a apresentar a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.

Assim devem os maridos amar as suas próprias mulheres, como a seus próprios corpos. Quem ama a sua mulher, ama-se a si mesmo.

Porque nunca ninguém odiou a sua própria carne; antes a alimenta e sustenta, como também o Senhor à igreja;

Porque somos membros do seu corpo, da sua carne, e dos seus ossos." (Efésios 5:25-30)


Na grande maioria os discípulos de Jesus que têm comunhão e são a Igreja jamais pisaram em palácios, nunca estiveram sob às luzes de holofotes nem tão pouco viram seus nomes publicados em jornais. São os anônimos, gente simples que esperam as promessas, “vendo-as de longe, e crendo-as e abraçando-as, confessando que são estrangeiros e peregrinos nesta terra.” (Hb. 11:13).

Seus nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro. Suas mãos são limpas, não entregam a sua alma à vaidade, não difamam com sua língua, não aceitam afronta contra o próximo, aos malvados desprezam, mas honram aos que temem ao Senhor. Empenhando sua palavra não voltam atrás ainda que com prejuízo próprio. Não emprestam seu dinheiro com usura e nem recebem suborno contra os inocentes.

Esta é a geração dos que buscam ao Senhor.

"SENHOR, quem habitará no teu tabernáculo? Quem morará no teu santo monte?

Aquele que anda sinceramente, e pratica a justiça, e fala a verdade no seu coração.

Aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhum opróbrio contra o seu próximo;

A cujos olhos o réprobo é desprezado; mas honra os que temem ao SENHOR; aquele que jura com dano seu, e contudo não muda.

Aquele que não dá o seu dinheiro com usura, nem recebe peitas contra o inocente. Quem faz isto nunca será abalado."
(Salmos 15:1-5)
"Quem subirá ao monte do SENHOR, ou quem estará no seu lugar santo? Aquele que é limpo de mãos e puro de coração, que não entrega a sua alma à vaidade, nem jura enganosamente.

Este receberá a bênção do SENHOR e a justiça do Deus da sua salvação.

Esta é a geração daqueles que buscam, daqueles que buscam a tua face, ó Deus de Jacó." Salmos 24:3-6
)


Esta geração “faz todas as coisas sem mumurações nem contendas. São irrepreensívels e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplancem como astros no mundo”. (Fp. 2:14-15)


É sanguessuga esta geração corrompida e perversa além de amaldiçoar pai e mãe, imunda apesar de ser pura aos seus olhos, arrogante e soberba e que exploram e oprimem na terra os aflitos e necessitados entre os homens.

"Há uma geração que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.

Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.

Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas.

Há uma geração cujos dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens." (Provérbios 30:11-14)

“A sanguessuga tem duas filhas, a saber: Dá, Dá. Há três coisas que nunca se fartam; sim, quatro que nunca dizem: Basta; a sepultura, a madre estéril, a terra que não se farta d'água, e o fogo que nunca diz: Basta.” (Prov. 30:15-16)

A sepultura é insaciável – recebe todos os mortos e ainda tem espaço suficiente para receber muito mais.

A mãe estéril não gera filhos, não deixa descendentes e assim seu nome dissipa-se como a nuvem que existia ainda há pouco e em um minutinho ninguém se lembra dela mais.

Somente as rochas permanecem!

A terra não se farta de água – nem mesmo as grandes inundações permanecem para sempre.

E o fogo do inferno nunca diz basta. E por certo, existem lugares mais quentes no inferno preparados para alguns desta geração perdida, para esta geração que oprime o pobre, decreta leis injustas, julga injsutamente, como haverá no dia do juízo maior rigor para alguns do que para outros.

Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti. (Mateus 11:24)

O que leva um homem ou uma mulher conspirar contra o Rei de toda a terra?

O que leva um evangélico que diz que serve a Deus, que usa o Nome de Jesus, representante eleito em Nome de Deus devorar vidas humanas? O que o leva a tomar tesouros e coisas preciosas à custa da multiplicação das viúvas em suas cidades e campos?

O que o leva a mancomunar com seus líderes espirituais para violentarem a Lei do Senhor e profanarem Suas coisas santas? Que cegueira é esta que o leva a não fazer diferença entre o santo e o profano e a não ensinar a discernir entre o impuro e o puro? Os adoradores de ídolos tornam-se cegos como os ídolos! Avareza é idolatria!

O que o leva a fazer que o Nome do Senhor seja profanado por sua causa?

O que o leva como lobo arrebatar a presa, derramar sangue e destruir vidas para adquirir lucros desonestos?

O que leva muitos pastores (profetas?) a assinarem manifetos de apoio a fim de os elegerem, advinhado-lhes mentiras, falando coisas que o Senhor jamais falou?

Como um homem ou uma mulher que diz pregar sobre a Justiça e a Verdade pode aceitar suborno em forma de sacos de cimento, janelas, areia, etc para a construção do templo, dinheiro, vantagens, promessa de emprego em troca do apoio de sua congregação ou de sua denominação para o candidato corruptor? Todos eles estão entre os que oprimem o povo da terra, andam roubando, fazendo violência ao necessitado e oprimindo injustamente ao estrangeiro. (Ez 22:25-29)

Conheço de perto alguns destes políticos evangélicos. Alguns testemunhei de perto sua desonestidade, corrupção e maldade. Pude compartilhar com alguns deles uma outra opção de vida baseada na cruz de nosso Senhor Jesus que derramou Seu sangue para nos perdoar, purificar e nos transformar em filhos da Luz.

Que existe um Reino superior a tudo, inabalável, que não terá fim jamais. Eles não são prefeitos, vereadores, deputados, etc. Eles estão prefeitos, vereadores, deputados, etc. Seus mandatos tem data ceta para terminar. passageiros. Rejeitaram a minha palavra e zombaram me chamado de "inocente e bobo."

Outros vi começarem muito bem a carreira que se esqueceram do conselho das Escrituras, deixando o caminho direito, preferindo seguir o caminho de Balaão, que amou o prêmio da injustiça (II Pe. 2:15)

“Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só é que recebe o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta, exerce domínio próprio em todas as coisas; ora, eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível, nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como indeciso; assim combato, não como batendo no ar. Antes subjugo o meu corpo, e o reduzo à submissão, para que, depois de pregar a outros, eu mesmo não venha a ficar reprovado.” (I Co. 9:24-27)

Mas também conheci uma outra geração de homens e mulheres valentes, compromissados com o Senhor Jesus, Sua Justiça e Verdade. Que recusaram-se a compartilhar com o prêmio vil da iniquidade. Que mantiveram-se fiéis primeiramente ao Senhor, às suas famílias e as comunidades pelas quais foram eleitos.

Existe uma geração má e perversa, mas bendito seja Deus, existe uma geração temente ao Senhor que se desvia do mal. Que sofrem, mas mantem-se leais aquele que os chamou, vocacionou e os levantou como príncipes do povo.

Precisamos orar para que o Senhor tenha misericórdia de nós neste tempo em que Ele começou Seu julgamento pela Sua casa.

E fico pensando nas Palavras de Jesus, sim, tem ressoado em minha mente constantemente:

“Que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?”


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terça-feira, 28 de agosto de 2012

RESERVADO PARA A CABEÇA

Conforme você pode, sem dúvida, perceber pela presente discussão, toda a autoridade na igreja está reservada para a Cabeça. Não há lugar para nenhuma outra. Qualquer outra autoridade irá simplesmente substituir ou tomar o lugar do fluir da autoridade de Jesus. A menos que a “liderança” na igreja seja simplesmente uma Autoridade Espiritual Genuina manifestação da própria autoridade de Deus, ela impedirá ao invés de ajudar o processo.

Queridos amigos, esta é uma consideração muito séria. O corpo de Jesus é Dele! Nós não
somos livres para construirmos algum tipo de imitação. Nós simplesmente não podemos estabelecer nenhum outro tipo de autoridade em nossos encontros, além daquele que o Pai
já instituiu. Nós precisamos permitir que Jesus seja a nossa Cabeça. Somente desta maneira poderemos experimentar a realidade da igreja e satisfazer os requisitos de Deus. Somente deste modo pode o corpo crescer e ministrar a si mesmo conforme Deus designou.

Talvez agora o leitor possa mais facilmente compreender a grande necessidade de genuína autoridade espiritual na igreja de hoje. Também torna-se mais claro que a autoridade meramente humana nunca poderá atingir os objetivos de Deus. É apenas quando a cabeça está estimulando o Seu corpo que Sua vida e Sua natureza são expressos.

Quando um outro alguém está no controle, não importa o quão bem intencionado ele esteja, o resultado nunca será uma expressão de Deus. Então este é o princípio inalterável da liderança. No corpo de Cristo não pode haver nenhuma outra autoridade, nenhuma outra cabeça. Quando colocamos um outro alguém nesta posição, contaminamos a expressão de Jesus, introduzindo um elemento estranho na igreja de Deus. Interessante que um dos significados do prefixo “anti” em grego é “em vez de” ou “no lugar de”. Isto então nos leva a uma nova compreensão da palavra “anticristo”. Talvez tenhamos sempre pensado no anticristo como alguém que é contra Cristo ou que é oposto a Ele. Aqui, entretanto, vemos que simplesmente tomar Seu lugar como verdadeira autoridade e Cabeça também significa ser “anticristo”.

Então, nas reuniões da igreja, o lugar dos líderes poderia ser melhor compreendido como um tipo de supervisor. Aqueles que são maduros e íntimos de Deus supervisionam os procedimentos. De fato, a Bíblia usa a palavra “supervisores” para indicar esta função. Aqueles que são menos maduros são livres para exercer seus dons e habilidades porque há membros qualificados que podem gentilmente corrigir qualquer problema. A verdadeira liderança espiritual pode ser exercida de um modo muito discreto. Uma simples palavra ou oração na hora apropriada, falada pela direção do Espírito Santo, pode trazer o encontro de volta de algum desvio que possa ter ocorrido. Aqueles que desejavam dominar a reunião com suas idéias e opiniões podem ser cuidadosamente admoestados. Os líderes estão presentes, não para controlar ou usar as reuniões como um tribunal para seus próprios ministérios, mas para servir ao corpo, cuidando para que tudo seja feito de acordo com a direção do Cabeça.

Naturalmente, nenhuma reunião será perfeita. Haverá sempre alguém orando ou testificando de seu próprio coração. Um líder que tenha sido verdadeiramente quebrantado pelo Espírito Santo saberá de Deus quando é necessário dizer ou fazer alguma coisa ou quando o Senhor vai simplesmente permitir que uma imperfeição não seja corrigida. Todos nós temos imperfeições em nossas vidas e somente Deus sabe a hora e o lugar para que estas deficiências sejam tratadas. Sabedoria verdadeira é o resultado da experiência e maturidade. Talvez seja por isso que as Escrituras usem a palavra “anciãos” para descrever tais pessoas. Notem que Paulo exorta que nenhum novato deveria exercer esta função (1ª Tim 3:6). Há uma grande necessidade de paciência, clemência e amor para ser forjado o caráter de alguém que é canal para a autoridade divina. Se o caráter de Deus não é mostrado naqueles que estão liderando a manifestação de Deus será contaminada por personalidades naturais.

A liderança na igreja é uma responsabilidade terrível. Não é algo que alguém deva tentar tomar sobre si mesmo. Há uma grande tentação para os homens jovens, possuidores Autoridade Espiritual Genuina de dons imaginar que eles estão qualificados para liderar a igreja. Eles ouvem de Deus. São ungidos por Ele e, portanto, supõem que estão aptos a serem líderes! Entretanto, nada pode substituir o quebrantamento e anos de experiência sob a mão de Deus. Aqueles que são “líderes” serão julgados por Deus pelo seu trabalho, como qualquer um de nós será. Se nós tomamos sobre nós mesmos o manto da autoridade e dirigimos a igreja de Deus de acordo com a iniciativa de nosso próprio coração, seremos mostrados como tolos na frente de todos e vistos como irresponsáveis perante o Juiz de todas as coisas.

Uma outra consideração importante aqui é que aqueles que são canais da autoridade de Deus e funcionam como “supervisores” devem ter um relacionamento íntimo com o outro. Eles devem estar ligados pelo espírito por Deus. Isto requer da parte destes indivíduos um desejo de abrir seus corações um para o outro para ter um tipo de transparência divina. Eles devem ter uma unidade que a Bíblia descreve como “um coração e uma mente” (Atos 4:32). Deste modo, eles podem agir juntos como se fossem um, ao exercer a autoridade divina. Se houver qualquer desunião ou desacordo entre os líderes, será um desastre para o rebanho. Se os que estão na liderança não podem ou não querem agir em harmonia um com o outro no Senhor, resultará num fracasso e o testemunho de Jesus será perdido. É impossível preservar a autoridade do Espírito Santo quando há desconfiança, desarmonia e discussão entre os líderes.

Isto então é essencial para se começar a pensar quando se quer reunir. Pelo menos dois ou três homens que o Senhor preparou e escolheu devem estar juntos em acordo sobre estes assuntos. É absolutamente imperativo que seja estabelecido como um ponto de partida para este tipo de união entre os líderes. Se isto não acontece, o resultado só pode ser de confusão. Muitos outros tentarão penetrar e assumir responsabilidade. “Autoridade” de qualquer direção, menos de Deus, será manifestada. E a liderança, em uma condição enfraquecida e dividida não será capaz de lidar com isto acordo com a direção de Deus.

Durante muitos anos eu tenho visto muitos grupos nestas condições. Eles escorregam para dentro e para fora da vontade de Deus. A cada semana é uma aposta se o encontro vai estar cheio da presença do Senhor ou não. O que precisamos desesperadamente hoje não é “ausência de liderança” mas verdadeira supervisão espiritual daqueles que são preparados por Deus. Somente a liderança plural (mais do que uma), unida, espiritual, resultará em um encontro cristão com a manifestação do próprio Deus.

Porque é que hoje o Cristianismo parece tão fraco? Porque as vidas de tantos crentes ainda estão cheias de escravidão e pecado? Porque é que nós estamos tendo tão pouco efeito sobre o mundo em volta de nós? A igreja primitiva em 30 ou 40 anos “virou o mundo de cabeça para baixo”. (Atos 17:6.) Por outro lado, em nossas dias, com todo o dinheiro e material à nossa disposição, comparativamente, pouco está sendo feito. Ora, eu não estou dizendo que não há muita atividade. Certamente que há. Entretanto, o impacto desta atividade parece estranhamente menor que o de dois mil anos atrás. Deus mudou? Absolutamente não! Porém, se formos honestos conosco, devemos admitir que algo parece estar diferente. Talvez seja válido pararmos e considerarmos se há uma parte do plano de Deus que nós perdemos, o qual poderia estar impedindo Seu poder e Sua vontade.

sábado, 11 de agosto de 2012

terça-feira, 15 de maio de 2012

O Evangelho Maltrapilho - Brennan Manning

"A igreja institucional tornou-se alguém que inflige feridas nos que curam, em vez de ser alguém que cura os feridos."

terça-feira, 8 de maio de 2012

O MISTÉRIO DA PIEDADE

Assim, lemos aqui: "Grande é o mistério (ou segredo) da piedade". (1Tm 3.16) O que é o segredo da piedade na vida do cristão? Podemos tentar atrair a atenção para nós mesmos pelas coisas que fazemos. Mas o segredo da piedade é que as pessoas possam ver em nós a vida de Jesus. Talvez tenhamos um exemplo disto com 2 Reis, capítulo 2, onde Elias diz a Eliseu: "Pedes-me o que queres que te faça, antes que seja tomado de ti." A resposta foi: "Peço-te que haja porção dobrada de teu espírito sobre mim". Então Elias disse: "Se me vires quando for tomado de ti, assim se te fará, porém, se não, não se fará." (2Rs 2.9,10) Isto é, se ele não visse Elias subir, então Eliseu não seria seu representante quando esse fosse embora. Assim também, precisamos ter nossos olhos no Senhor Jesus nas alturas, para podermos ser Seus representantes aqui neste mundo. Nos é dito que quando Elias subiu, seu manto caiu. Então, o que fez Eliseu? Ele tomou os seus próprios vestidos, rasgou-os, colocou-os de lado, e vestiu o manto do homem que havia subido. Creio ser este o pensamento aqui. Que a vida de Jesus possa ser vista em nós - este é o segredo da piedade.

Não é procurando ser importante - isto é o que o mundo nos diria para fazer. Eles dizem: "Seja alguém importante". Certa vez um irmão foi pregar e um incrédulo lhe disse: "Por que razão você quer estar identificado com um grupo tão pequeno? Por que você não se une a um grupo grande onde poderá ser alguém importante? O mundo não conhece nada além da exaltação própria, até mesmo nas coisas de Deus. Um irmão muito querido costumava dizer: "A cristandade tornou-se uma vasta arena onde os homens lutam em busca de honra para si mesmos". Oh, irmão, que possamos estar no segredo do Senhor, que Deus possa ser glorificado em nós individualmente e coletivamente, e que a vida de Jesus possa ser vista em nós.

Autor: G. H. Hayhoe
Livro: A Igreja do Deus Vivo
Editora: Verdades Vivas

domingo, 25 de março de 2012

Perdido na Floresta

O pastor protestante, sem rumo na floresta do cerrado goiano, aflito, só conseguia lembrar-se de que quando adolescente lera um autor francês, Chateaubriand ou Victor Hugo - de quem guardara estas palavras: Uma noite eu me perdi nas florestas do Novo Mundo. (...)


Os seculares troncos, robustos, que não saiam dos lugares onde o Senhor Deus os plantou contemplavam pelas viridentes copas a safira celeste que não raramente era adornada por nuvens. Umas apressadas, como se estivessem perdidas e desesperadas no infinito, e outras calmas, indolentes, mandrionas, meio adormecidas.

Cá embaixo, ao rés do chão, junto às árvores, um coração engustiado conduzia dois pés por caminhos que nunca antes alguém trilhara. Ambos os pés itinerando a esmo, e o coração morada da perplexidade e do medo, espelhavam um pastor protestante que se perdera nas florestas densas que sobem pelas montanhas do cerrado goiano. De nada lhe valeram as muralhas conselheiras prudentes, que sempre são erguidas pela multidão dos anos. Era um velho esse pastor.


Empolgado e desatento rasgou a mata desconhecida, correu pelas veredas dos buritis das araras azuis, grimpou acolá pelos barrancos esverdeados de limo, cruzou as catanduvas escassas; subia e descia com facilidade extrema as noruegas úmidas onde espertos colibris se alternavam com os ruídos das mamangavas ao visitarem carinhosamente as flores das vertentes rochosas.


Tinha penetrado a floresta, mas não tinha um destino certo, um sítio a que quisesse chegar. Uma nave sem rumo, por certo. Ele mesmo não conhecia a região; estava sozinho. Não portava sequer um facão de caboclo mateiro, nem luvas protetoras. Todas as florestas são belas pelos mesmos panoramas. O pastor protestante não fazia parte da floresta. Não era árvore, nem flor, nem fruto. Um intruso, um inconveniente. Isso reconheceu ele; quis regressar; abandonar a floresta.


Tentou. Não tinha semeado um caminho para a volta.


Todo pastor protestante não sabe regressar. Voltar ao início de tudo.


Encurralado pelas árvores, não podendo mais progredir ou regredir, disse-lhe o coração:

-Estamos perdidos.


Feito pastor protestante entendia que poderia sempre se aproximar de Deus e obter o que precisasse.


Na cidade isso funcionava bem.


O sermão irrepreensível, exegeticamente correto, a roupa domingueira e aquele ar mesclado de compunção e opressão apresentado no templo - fazia com que as pessoas fossem o que não eram. Crianças sisudas - verticalizadas, ângulos retos, silentes, sem gatinho nem borboleta, nenhuma brincadeira de esconde-esconde, toicinho frito, chicolaté chicolaté, quantos dedos tem em pé? Ninguém podia pular amarelinha.


Penteadas, sapatos de festa, bem banhadas pela Gessy (Reminiscências de Fernando Prestes, gloriosa cidade da infância do Autor.) do Ranieri - roupas limpas. As crianças não eram crianças diante do pastor.


As comadres - nenhuma comadre era comadre diante do pastor. Lá na varanda, mais a vizinha, era mexerico e muita fofoca. Abriam a boca, o manancial de palavras nunca se esgotava. Falam que te falam.


Mas na presença do pastor, do seu pastor, todos os órgãos da fala - músculos e nervos - ficam entorpecidos. As mulheres normais não eram mulheres normais diante do pastor. Todo pastor protestante é doutor em pecado.

A intervenção divina em seu espírito, as devastadoras lições trazidas, comunicadas pelo Espírito de Deus, a catástrofe pessoal - sou-não-sou - constituem-se em óbices imensos para que, da parte dele, as crianças fossem normalmente crianças, as irmãs bisbilhoteiras continuassem tagarelas.




Queria ver pinóquios na igreja e laboriosas mas ansiosas martas. E operar, de algum modo, para que o nariz nunca crescesse, os tarefas domésticas e a chateação da cozinha e fogão se transformassem em ações feitas por mãos de princesas, como as das filhas de Jó e como K.Myllah (uma borboleta dourada - K.Myllah. Camila, pela lingua etrusca significa mensageira. E, no grego, o mesmo significado tem anjo (ánguelos), termo encontradiço no NT.) que nascida foi receber o seu nome nos céus. K.Myllah é sempre estrela cintilante com brilho de arrebol rosicler.


(...)


O ratão do banhado mora no oco do tronco do jequitibá que a chuvarada do inverno derrubou. A família é grande.


O doutor João de barro - arquiteto ilustre - não contratou ninguém. Servente de pedreiro, colher e pedreiro - ele é tudo; ergue palácio seguro sem ferro, nem cimento, nem pedra britada.


- Sem resolver o meu próprio problema - perdido aqui, a noite vem, e eu sem um fósforo, nem isqueiro.


O pastor protestante acalmava-se, debatia-se porém, o espírito, por crer que ali ninguém estava perdido. Dentro em pouco todos encontrariam seus gasalhados, em algum lugar. Como um regatinho distante que bate nas pedras, não as derruba, mas as contorna e avança.


Começou a engendrar uma idéia - há trilhões e trilhões de árvores e de animais no universo: nenhum está perdido. Nenhum está ansioso no seu sítio. Só um ser se perde, e este em qualquer lugar: na escola, no berço, na universidade, no trabalho e na Igreja. A Igreja era o seu assunto. Ele, pastor. "Será que há tantos homens perdidos nas igrejas?", meditava.


A indagação, porém, não prosperava. A igreja é lugar de achados.


O pastor protestante junto à velha árvore de descanso e tristeza suspirava pela companhia de outro homem - Se ao menos um outro pastor de cidade, seu amigo ou não, estivesse aqui comigo abrandaria esta história, curaria este pavor imenso e resolveria de pronto o seu problema. Ele mesmo não tinha aprendido assim.


"Clamou este pobre, e o Senhor o ouviu, e o salvou de todas as suas angústias" (SI. 34:6).


A solidão do homem só é preenchida por Deus.


"Ele faz com que o solitário viva em família" (SI. 68:6).


As cigarras com seus retinidos ininterruptos cá e lá, a voz da rola ou o grito do nambu de vôo rasteiro - não indicavam ao homem a direção a seguir.


E Deus estava controlando tudo.


O pastor protestante precisa agora, com sofrimento, aprender a ouvir a voz do Senhor, mas sem a Bíblia ou o abraço amigo dos filhos e da esposa distante. Cigarras ruidosas, grilos cantores, os sapos feiosos cantam os esplendores da vida.


"Servi ao Senhor com alegria, apresentai-vos a Ele com cântico" (Sl. 100:2).


Mas porque será que os homens não são homens, juntos ao pastor?


Quem não for autêntico e falar e pregar artificialmente, tem o dom de comunicar aos ouvintes essa impropriedade.


Naquelas expressões ciclópicas de manifestação de vidas milhões - nada, por Deus, era artificial. Tudo autêntico, verdadeiro. Deus criou a árvore esbelta, bonitona, ensinou-lhe a rasgar o céu, a produzir outras irmãs. É a sinfonia de Deus.


As flores morreram na terra escura, mas o Deus que fabricou a borboleta dourada ressuscitou a semente.


Foi um momento de paz e tranqüilidade para o pastor.


Deslizou o seu espírito num átimo pelos mistérios da ressurreição do Reino de Deus. Mesmo que morresse ali mesmo, ali mesmo ressuscitaria dentre os mortos.


Esplandeceu na mente do pregador um jardim infinito, coalhado de flores da terra e flores do céu, cromatizado de cores que eram desconhecidas pelos pintores. E começou a cantar em primeira audição:


O Senhor Deus engenhou as flores

para dar aviso aos homens

não apressados

que crêem na ressurreição da paz.

São as flores as mensageiras pioneiras,

arautos da eterna primavera

núncias festivas da indestrutível

e perene esperança:

o universo de Deus vai ressurgir.


Mas Euponer queria cantar mais – um hino novo, nunca apresentado pelo coro da Igreja, mas bem conhecido dos Céus:


A rutilante aurora

E a Estrela d’alva

São as flores celestes

Que dos céus proclamam

É chegado o Reino

O Reino de Cristo e de Deus.




E já começaram as mudanças. As flores que morrem e ressuscitam, e morrem, mas sempre ressuscitam, não residem em palácios, não fiam, mas nem o ricação Salomão se vestiu como qualquer delas. Tal é o mistério - amém: as flores de Deus se vestem das roupas da ressurreição. Não há vergonhas a cobrir, e mesmo que sejam elas sexuadas. O Deus Eternamente Bendito - encerrou o Éden do Tigre e do Eufrates e da terra de Havilá - mas semeou pelo mundo as flores do jardim primeiro - todas sem culpa, nenhuma rebelde, nem mentirosa. O Éden de Deus prossegue. E está junto, bem juntinho, de você, leitor.


Quem semeou as flores milhares das densas florestas do cerrado goiano?


Foi o Senhor.


Era para resolver um problema só; assim o Senhor nos acudiu:


Olhai os lírios do campo (Mt. 6:28), a cura perfeita para a ansiedade humana. “Quanto mais o sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo a Deus como vítima sem mácula, há de purificar a nossa consciência das obras mortas para que prestemos culto ao Deus vivo.” (Hb. 9:14 BJ)


Mas já curado de toda a ansiedade, medita.


-Aqui no matão não há leitos, nem segurança.


E o pastor, apavorado, andejava ao léu, orava palavras rubras de desespero, olhava para a coma das árvores, sempre assustado pelo ruído das folhas abanadas pelas asas de uma pomba no mato ou de um carcará retornando ao ninho. Mas a noite ainda dormitava além da serrania verde-azulada, bem lá onde os céus vinham fazer côrte às montanhas escarpadas da mataria espessa e brava e demoraria um pouco ainda até ela aparecer, sempre com vestes negras para cobrir o imenso leito da terra. O pastor não portara com ele um texto das Escrituras de Deus. Como não tivesse levado também qualquer lume, nem Bíblia, não poderia ler.


Esfaqueou-lhe profundamente a alma a descoberta aterradora:


-Estou sem lugar para passar a noite.


Sem barraca, nem facão, nem fogo e sem saber bem o que significava esperar a aurora salvadora no meio do mato.


Dificilmente percebemos que todas as nossas ansiedades, angústias e problemas se dissipam ao permitir que a Eternidade nos acuda. O que somos e sofremos são sempre realidades confinadas ao tempo, que é sempre precário. Se o homem consegue, por vezes, libertar-se dele, logo, logo o tempo se reconstrói e nos retornam à memória os nossos pecados, quiçá já perdoados.


É vulgar dizer-se: "a crise é uma oportunidade". A afirmação é, no mínimo, mansa e suave. O homem em crise, seja densa ou leve, duradoura ou passageira - encontra nos valores do Espírito, o conhecimento e a libertação de que tanto necessita.




Texto editado extraído do livro: O Pastor Protestante e a Borboleta Dourada de autoria do Professor Wilson Regis. Texto completo publicado no seguinte link http://opastorprotestante.blogspot.com/




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