Já decidi: Não quero um deus que funcione segundo as minhas
expectativas. Não quero um deus que funcione de acordo com minhas orações. Não
quero um deus que funcione de acordo com a minha noção de justiça. Não quero um
deus que funcione a partir das minhas chantagens religiosas e minha birra
espiritual. Não quero um deus que funcione na solução dos meus problemas, para
me arranjar um emprego, para curar meu filho, para me ajudar a realizar meus
sonhos. Não quero um deus que funcione à base da manivela da minha prática
religiosa e de minha limitada piedade. Não quero um deus que funcione para
aliviar minha mente estressada e meu coração carregado dos cuidados deste
mundo. Não quero um deus que seja à minha imagem e semelhança.
Rejeito este
relacionamento utilitário com Deus. De olhar para Ele como uma máquina de
abençoar pessoas. Como essas máquinas de refrigerante que a gente encontra nas
lojas de conveniência. Uma máquina que, para funcionar, precisa das moedas da
oração, da leitura da Bíblia, do jejum, da participação regular nas atividades
da igreja, do exercício constante e rígido para manter a santidade e não pecar,
e assim por diante. Não quero um deus conveniente.
Rejeito esse evangelho que diz que Deus irá me abençoar apenas quando eu
fizer determinadas coisas corretamente, que irá amar-me mais se eu tiver
determinadas atitudes, que irá escolher-me para coisas importantes se meu
coração estiver perfeito em sua presença.
Não
quero um deus que funcione a partir de mim mesmo. Esse não é o deus verdadeiro,
e sim o resultado frágil do meu próprio egoísmo, que lá no fundo busca um deus
que lhe sirva para todos os fins.
Não, não quero um deus para funcionar. Hoje eu quero um Deus para me
relacionar, para conhecer na intimidade, para reconhecer Sua soberania e
submeter-me aos Seus propósitos. Quero um Deus para adorar, para amar, para me
entregar, ainda que minha vida as coisas não funcionem como eu gostaria. Quero
um Deus para crer e manter-me fiel,
ainda que isso implique em permanecer enfermo, desempregado, ou viver outras
circunstâncias contrárias.
Não
estou procurando funcionalidade, mas relacionamento. Talvez o mesmo
relacionamento do filho pródigo com seu pai (Lucas 15). Um relacionamento baseado na graça e no amor do Pai, o
qual, em todo tempo, manteve aberta a
porta do abraço e do beijo.
Quero ter com Deus o relacionamento de Arão, cujo privilégio foi ouvir
do próprio Deus: “Na sua terra herança nenhuma terás, e no meio deles nenhuma
porção terá,: EU SOU a tua porção e a tua herança no meio dos filhos de
Israel.”(Números 18:20).
Já
decidi: esse será o grande alvo da minha vida! Deus nos abençoe.
Pr. Henrique Rossi, 1a I.P.I. de Maringá,
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